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Publicado em
1/2/23 20:10

Meta dispara no pós-mercado nos EUA com aumento do número de usuários e recompras de ações

A empresa registrou em seu balanço do quarto trimestre uma receita de US$32,16 bi, acima do consenso de US$31,53 bilhões
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Por Maria Luiza Dourado e Giovanni Porfírio

As ações da Meta, controladora do Facebook, disparam no pós-mercado americano nesta quarta-feira, após a divulgação de balanço financeiro do quarto trimestre com receita acima do consenso e aumento na base de usuários, além de anúncio de ampliação na recompra de papéis.

A companhia, listada na Nasdaq, via suas ações subirem 18,70% no pós-mercado americano, a US$181,90.

A empresa dona da rede social Facebook autorizou um aumento de US$40 bilhões nos recursos disponíveis para recompras de ações – até 31 de dezembro de 2022, o montante era de US$10,87 bilhões.

De outubro a dezembro do ano passado, a gigante tecnológica registrou receita líquida de US$32,16 bilhões, superando o consenso de US$31,53 bilhões, e acima do piso da projeção divulgada pela própria empresa no trimestre anterior, que era de receita entre US$30 bilhões e US$32,5 bilhões. No mesmo período de 2021, a receita somou US$33,67 bilhões.

O faturamento foi ajudado pelo crescimento na base de usuários diários ativos, para em média dois bilhões em dezembro, avanço de 4% ante mesmo período do ano anterior.

O lucro líquido no quarto trimestre ficou em US$1,76 por ação, abaixo da estimativa de US$2,19. O resultado foi impactado negativamente por encargos da reestruturação promovida das unidades de “Family of Apps” e “Reality Labs”, que consistiu na demissão de 11 mil funcionários e na rescisão de contratos de aluguel de imóveis que abrigavam as operações. Os encargos somaram US$ 3,76 bilhões e US$440 milhões, respectivamente.

No início de novembro do ano passado, o presidente-executivo, Mark Zuckerberg, anunciou a demissão de 13% do quadro de funcionários da companhia, o equivalente a 11 mil colaboradores. Ele disse ainda que estenderia o congelamento de contratações até ao menos o primeiro trimestre de 2023.

Na época, Zuckerberg reconheceu ter errado ao inflar o quadro de funcionários da companhia durante os primeiros trimestres após a explosão da pandemia de Covid-19, quando as receitas das plataformas digitais cresceram abruptamente e diversos executivos, como ele mesmo, acreditavam que o novo cenário seria permanente.

A receita com anúncios foi de US$31,25 bilhões no quarto trimestre, abaixo dos US$32,64 bilhões registrados um ano antes.

Para o primeiro trimestre, a Meta espera receita entre US$26 bilhões e US$28,5 bilhões. O consenso da Refinitv para o indicador é de US$ 27,1 bilhões.

Impactos cambiais devido à variação de moedas estrangeiras devem impactar em aproximadamente 2% o crescimento da receita total ano a ano no primeiro trimestre, levando em consideração as taxas de câmbio atuais, disse a diretora financeira da empresa de tecnologia, Susan Li.

Para o ano de 2023, a Meta espera que as despesas totais fiquem no patamar entre US$89 bilhões e US$95 bilhões, ante projeção anterior de entre US$94 bilhões e US$100 bilhões.

Também para 2023, a expectativa da Meta é de que os gastos de capital atinjam o intervalo entre US$30 bilhões e US$33 bilhões, de estimativa prévia de US$34 bilhões a US$37 bilhões, impulsionados por investimentos em data centers, servidores e infraestrutura de rede.

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