Por Bruno Andrade
As ações da Meta, dona do Facebook e Instagram, recuavam 3,8% por volta das 15h09min desta quinta-feira, mesmo após a empresa ter divulgado na véspera balanço do terceiro trimestre que mostrou salto de 164% no lucro na comparação com mesmo período de 2022, para US$11,58 bilhões, ou US$4,39 ajustados por ação.
Segundo analistas do Itaú BBA, os papéis inicialmente subiram cerca de 4% na sequência dos resultados, mas passaram a cair após executivos afirmarem que o conflito entre Israel e Hamas gera alguma incerteza sobre as projeções de receita para o próximo trimestre.
Durante a teleconferência, a Meta explicou que há uma correlação entre a fraqueza vista recentemente nos gastos com publicidade e as incertezas geradas pela situação no Oriente Médio.
“Alguns interpretaram isso como uma indicação de que as chances de a empresa atingir o topo das estimativas de receita são muito baixas”, escreveram Thiago Alves Kapulskis, Cristian Faria e Gabriela Moraes no relatório do Itaú BBA.
Os analistas comentaram que compreendem a preocupação do mercado, mas disseram que os agentes financeiros estão olhando apenas o meio copo vazio.
“As estimativas de receita foram revisadas ligeiramente para baixo no acumulado de 2024, mas foi apenas uma redução de -1%, enquanto as estimativas de lucro por ação foram revisadas para cima, com expectativa de alta de 12%”, destacaram, no relatório.
O Itaú BBA também avaliou que o último balanço da companhia foi bastante positivo, com números “muito bons”. Por isso, os analistas mantiveram recomendação de compra para o papel da Meta, negociado na Nasdaq, uma das bolsas de valores de Nova York. O preço-alvo calculado é de US$380 para o final de 2024, uma potencial alta de 26,9% na comparação com o fechamento de quarta-feira.