Por: Maria Luiza Dourado
Os diretores da Klabin disseram em teleconferência de resultados nesta quinta-feira que, seguindo previsões dadas pela própria empresa, os custos da operação aumentaram no quarto trimestre. Para 2023, eles esperam que os custos dos produtos vendidos (CPV) aumentem dois dígitos baixos por tonelada.
Sobre a precificação dos produtos vendidos, o diretor financeiro Marcos Ivo afirmou que a Klabin praticou preços confortáveis em 2022, “melhores que a inflação”, e que seguirá atenta ao indicador em 2023 para fazer o mesmo. Ainda assim, ele admitiu que vê o preço do papel mais comprimido internacionalmente, mesmo com a exportações vindas dos Estados Unidos, que alimentam a demanda global por papel e celulose, mais baixas que o habitual.
Perguntado sobre novos projetos em Santa Catarina, Teixeira não quis dar qualquer previsão e ressaltou que o foco da Klabin continua no Paraná, na máquina 28, de papel cartão, do projeto Puma II. “Ela já tem contratos de três anos, com bom nível de preços”, disse.
Teixeira ressaltou ainda que o foco da companhia para 2023 é expandir a produção por meio dos novos projetos e desalavancar ainda mais a operação.
Perguntado sobre os impactos da Medida Provisória 1152, publicada ainda pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que propõe igualar os preços de venda dos produtos das exportadoras brasileiras para suas subsidiárias com aqueles que são praticados com outras compradoras, Teixeira respondeu que, como a medida ainda está em discussão, ela só afeta previsões, e não exercícios passados.
Teixeira disse ainda que a decisão proferida ontem pelo Supremo Tribunal Federal, que permite que o governo cobre novamente tributos de empresas e contribuintes, mesmo após eles terem conquistado na Justiça o direito definitivo de não pagarem, confere maior insegurança jurídica futura.