Por Erick Matheus Nery
A Americanas (AMER3) informou ao mercado nesta terça (11) que a 4º Vara Empresarial do Rio de Janeiro deferiu o pedido de prorrogação do prazo da proteção contra os credores da varejista. Com essa decisão, a empresa segue amparada legalmente enquanto investiga a fraude realizada pela antiga gestão do negócio.
"A Companhia informa que a suspensão de todas as ações e execuções existentes contra o Grupo Americanas, bem como da exigibilidade dos créditos concursais, será prolongada pelo prazo de 180 dias contados do término do stay period concedido no momento do deferimento do pedido de recuperação judicial do Grupo Americanas", destacou a empresa em comunicado disponibilizado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em entrevista à Folha de São Paulo nesta semana, o deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos), que preside a CPI na Câmara dos Deputados que investiga a crise na varejista, disse que a comissão deve convocar e quebrar o sigilo dos ex-executivos da companhia antes de ouvir os acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
Nesta terça, as ações da Americanas encerraram o pregão em alta de 0,88%, ao preço de R$ 1,14. Como os papéis possuem um baixo valor monetário, qualquer oscilação positiva ou negativa torna-se acentuada em termos porcentuais.
Desde o início do ano, os papéis da Americanas amargam uma desvalorização de 87,38%.