Por Simone Kafruni
O Governo Federal apresentou nesta segunda-feira (18) em Brasília detalhes do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ao corpo diplomático, visando buscar o apoio de estrangeiros para oportunidades que somam R$1,7 trilhão em investimentos.
“Pedimos que nos ajudem a divulgar a empresas e fundos de investimentos”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, Costa explicou que a principal diferença entre o novo PAC e os outros dois programas anteriores é que o atual prevê investimentos por meio de Parcerias Público Privadas (PPPs) e concessões. “Os outros PACs tinham como investimento o orçamento da União”, comparou.
Costa ressaltou que o governo está criando um fundo verde para captar recursos para o financiamento de projetos sustentáveis com taxa de juros menor. “Também está na pauta do Congresso desta semana o projeto de debêntures incentivadas de infraestrutura”, revelou.
O ministro afirmou ainda que o PAC é dinâmico e que foram apresentados apenas projetos maduros, em fase de licitação. “Temos dezenas de outros projetos em fase de elaboração. Quando forem concluídos, eles poderão ser inseridos no PAC”, esclareceu.
Costa afirmou que o país está aberto a receber propostas de investimentos do setor privado nas áreas de energia, portos, aeroportos, hidrovias. “Os investimentos podem ser feitos em cooperação ou em consórcio com empresas nacionais”, afirmou.
O ministro explicou que o governo quer estimular o turismo e que isso passa pela melhoria da infraestrutura aeroportuária. “Inclusive com empresas de aviação que queiram vir se instalar no Brasil, aproveitar as oportunidades de investimento e integração do Brasil.”
O ministro lembrou que apenas a Petrobras prevê investimentos novos de R$300 bilhões até 2028. “Além disso, a companhia também deve investir outros R$300 bilhões na manutenção do seu parque, projetos que não estão aqui listados.”
Ele citou a retomada da segunda fase de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a conclusão da unidade de transformação de fertilizantes no Mato Grosso, que está, segundo o ministro, com 90% das obras prontas. “Nos dispomos a apresentar as oportunidades em feiras e eventos internacionais.”
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), participou do evento de apresentação e reiterou que a Reforma Tributária vai desonerar completamente investimentos e exportações. “Há muitas oportunidades. Um exemplo é na agroindústria, com biodiesel.”