Por Reuters
A avaliação ótima ou boa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou estável em 38% em setembro, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (14), que mostrou que aqueles que consideram o governo ruim ou péssimo aumentaram para 31%.
Em junho, a avaliação positiva estava em 37% e a negativa somava 27%, 4 pontos abaixo do patamar atual. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
O índice da avaliação ruim e péssima foi o único que oscilou acima da margem de erro em relação ao levantamento de junho passado, segundo reportagem da Folha de S.Paulo sobre os números do Datafolha, "levando em conta que números iguais nos limites superior e inferior delas não configuram empate", de acordo com o jornal.
Na nova sondagem, os que consideram o governo regular foram a 30%, ante 33% em junho.
Segundo os dados divulgados pela Folha, Lula é mais rejeitado na Região Sul (39%); entre os mais escolarizados (39%), numa classe média mais abastada (44% entre os que ganham de 5 a 10 salários mínimos) e entre evangélicos (41%). Já os destaques de sua aprovação estão entre os nordestinos (49%), menos instruídos (53%) e mais pobres (43%).
Ainda segundo a Folha, Lula tem a segunda maior rejeição para um presidente nessa altura de seu primeiro mandato -- incluindo ele mesmo em 2003, quando tinha reprovação de só 10% --, atrás apenas do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tinha 38% em 2019.
Na comparação com a pesquisa de março, a nova sondagem mostrou uma piora nas expectativas quanto ao futuro do governo Lula.
Os que consideram que o governo do petista será ótimo ou bom daqui para frente caiu para 43%, ante 50% em março. Já os que acham que será ruim ou péssimo subiram para 28%, ante 21%. Os que esperam que seja regular oscilaram apenas 1 ponto para baixo, para 26%.
A pesquisa mostra ainda que a maioria acha que Lula fez menos pelo Brasil do que esperavam -- agora são 53%, ante 51% em março. Apenas 17% acham que ele fez mais do que esperavam, ante 18% em março. E 25% avaliaram que fez o que era esperado, mesma taxa que seis meses atrás.
O Datafolha ouviu 2.016 pessoas de 16 anos ou mais em 139 municípios do país na terça e quarta-feira.