Por Bruno Andrade
As ações da Yduqs (YDUQ3) derretiam 12%, a R$ 21,14, por volta das 15h19min desta segunda-feira (14). Segundo a Ativa Investimentos, a queda ocorre após o Ministério da Educação (MEC) dizer que não sabe se vai conseguir cumprir decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
No último dia 07 de agosto, o ministro do Supremo decidiu que a criação de novas vagas do curso de Medicina deve seguir a proposta do programa Mais Médicos, programa que visa a criação de novos cursos de medicina para suprir a alta demanda por médicos nos hospitais públicos.
A decisão de Mendes determinou que devem ser suspensos os processos administrativos de criação de cursos - especificamente, daqueles que ainda não passaram da primeira etapa de credenciamento, que é a análise de documentos.
"Nesse sentido, a decisão do Gilmar Mendes havia sido benéfica para as empresas listadas em bolsa, pois, ao garantir uma expansão de assentos de forma contida, os riscos de disrupção no setor estariam mitigados, preservando essas características positivas para as empresas (alto poder de precificação e ocupação, baixa evasão e inadimplência)", disse a Ativa.
No entanto, ao afirmar que não sabe como cumprir a decisão do Gilmar, o MEC alegou não consegue precisar quantos processos de abertura de cursos foram iniciados com base em liminares judicias, além de quantos estariam em fase inicial (em suma, quantos deveriam ser interrompidos segundo a decisão de Mendes).
"Essa notícia mostra uma fragilidade do setor educacional, onde a Secretaria responsável pela regulação aparenta ter pouca credibilidade para manter o surgimento de novas vagas de medicina contidas, gerando riscos ao segmento, onde seus diferencias que garantiam uma alta rentabilidade às companhias estão ameaçados", explicou a Ativa.
Além de Yduqs, outras empresas caíam forte. Ânima recuava 19,79%, Ser Educacional caía 9,09% e Cogna tinha queda de 3,96%.