As ações da Yduqs (YDUQ3) disparavam no final da manhã desta quarta-feira (10). Os papeis subiam 19,46% e eram cotados a R$ 10,99 por volta das 11h45min. A alta acontece após a companhia divulgar uma alta de 96,6% no lucro liquido do 1º trimestre de 2023. A cifra chegou a R$ 149,5 milhões, ante os R$ 111,6 milhões previstos pelo consenso Refinitiv.
Analistas do Itaú BBA e Santander disseram que os números ficaram muito acima do esperado por causa da melhora no ensino à distância (EAD). O segmento gerou um incremento de R$ 98,2 milhões no Ebitda (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) do primeiro trimestre de 2023, ante o mesmo período de 2022.
"A companhia também reportou uma margem bruta de 63,5%, um crescimento de 2,5 pontos percentuais impulsionados pela melhora no ensino digital", disseram Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amancio, que assinam o relatório do Itaú.
Já os especialistas do Santander comentaram que os preços da educação EAD ajudaram, mas não foram os únicos. Alta do ticket médio dos demais produtos educacionais vendidos pela empresa também ajudaram.
"A nosso ver, o principal destaque positivo foram os preços, que aumentou em todos os três segmentos de negócios", afirmaram Caio Moscardini, Karoline Silva Correia e Guilherme Gripp, que assinam o relatório do Santander.
Embora os números sejam animadores, os analistas se dividiram sobre a recomendação do ativo. Os analistas do Itaú BBA teceram apenas elogios para o resultado da companhia, mas eles ainda vão esperar novos gatilhos para mudar a recomendação para o ativo.
Por isso, o Itaú BBA mantém a sua recomendação de "Market Perform, desempenho dentro da média do mercado, que é equivalente a recomendação neutra. O preço-alvo para o papel é de R$ 11 para o final de 2023, o que implica em uma alta de 19,7% na comparação com o fechamento desta terça-feira (09).
Já os especialistas do Santander possuem classificação para o ativo de Outperform, desempenho acima da média do mercado que é equivalente a compra. O preço-alvo da ação é de R$ 25 para o final de 2023, alta de 171%.
"Nosso preço-alvo é baseado em um fluxo de caixa livre descontado para a empresa com um custo de capital de 16,9% e um crescimento de 4,0% em perpetuidade em termos nominais", concluem os analistas do Santander.
No final das contas, cabe ao investidor decidir qual caminho ele seguirá, o cauteloso do Itaú BBA ou o arrojado do Santander.