Por Bruno Andrade
O mercado financeiro estima um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, nesta semana. A informação foi divulgada no boletim Focus desta segunda-feira (18).
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos próximos dois dias e vai divulgar a sua decisão final sobre os juros na quarta-feira (20). O mercado espera que a Selic termine o ano em 11,75%.
Para 2024, a expectativa é de que taxa de juros fique em 9% ao ano. Já em 2025, a estimativa se manteve em 9% ao ano. Para 2026, a projeção se manteve em 8,5%.
O mesmo boletim reduziu as expectativas de inflação para o final de 2023 de 4,93% para 4,86%. Para 2024, o corte foi residual, indo de 3,89% para 3,86%. As estimativas para inflação em 2025 e 2026 se mantiveram inalteradas em 3,5% para os dois anos.
Já a expectativa para o crescimento econômico do Brasil, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), subiu de 2,64% para 2,89% em 2023. Em 2024, o indicador foi de 1,47% para 1,50%. O mercado espera que o dólar encerre 2023 cotado a R$ 4,95.
A pressão para que o Copom corte os juros com uma maior velocidade vem, principalmente, do governo federal. Nos últimos meses, Luila chegou a eleger Campos Neto como inimigo número 1. No entanto, a situação ficou mais branda após o primeiro corte de juros em 0,5 ponto percentual na reunião de agosto.
Em entrevista à Band News publicada nesta domingo (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que todos os analistas acreditam que há espaço para cortar os juros. Segundo o ministro, o próprio Banco Central reconheceu isso em ata. Para a Haddad, o governo está harmonizando as políticas fiscal e monetária.
"O Brasil está fazendo o que se combinou na campanha: harmonizar política fiscal e política monetária. A Fazenda está fazendo sua parte, a política monetária está fazendo sua parte. Estamos construindo um modelo sustentável para o futuro próximo”, disse o ministro.