Por Bruno Andrade
O Itaú BBA colocou pela primeira vez as ações do Nubank (ROXO34) entre suas favoritas para o setor bancário. O ativo se une ao Banco do Brasil (BBAS3), que já aparecia nas listas de preferidas do banco de investimento, segundo relatório enviado aos clientes nesta quinta-feira (05).
Os analistas do BBA possuem recomendação de compra para o banco de Cris Junqueira, com preço-alvo de US$10 para o final de 2024. A cifra representa potencial de alta de 45% para as ações.
“O Nubank é apoiado por uma dinâmica de lucros favorável e excelente projeção de crescimento futuro. Por isso, vemos um bom ponto de entrada no ativo”, escreveram Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, no relatório do BBA.
Para os analistas, a única turbulência à vista para o Nubank está associada ao projeto aprovado no Congresso que pode limitar os juros do rotativo do cartão de crédito em 100%.
“Isso poderia remover cerca de 10% dos lucros do Nubank em 2024. Todavia, acreditamos que o mercado já precificou esse risco”, explicaram os analistas.
Em paralelo às perspectivas mais otimistas para o Nubank, os analistas do BBA elevaram a recomendação para Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), de venda para neutra. A mudança acontece após o BBA entender que é possível que as duas instituições financeiras tenham uma pequena melhora nos índices de inadimplência no 2º semestre de 2023.
“Vemos o Santander um degrau à frente do Bradesco no controle da inadimplência. A ação do banco espanhol é negociada a um prêmio massivo, pois está descontada e com múltiplos atrativos”, explicaram Leduc, Raffaelli e Barranjard no relatório.
Ainda assim, o banco ainda aponta fatores de risco para Santander e Bradesco, que devem ver a situação melhorar de forma gradual em 2024, com melhora na rentabilidade.
O BBA estima que o Bradesco entregará um ROE de 13% em 2024, ante 11% projetado para este ano. Para o Santander, o ROE em 16% em 2024, de 13% neste ano. Os analistas do BBA calculam preços-alvos de R$16 para o Bradesco e R$27 para o Santander.