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Por Ana Luiza Serrão
As ações da Intelbras (INTB3) despencaram hoje na B3, em uma reação do mercado aos resultados da fabricante de produtos e soluções em segurança, comunicação, redes e energia referentes ao segundo trimestre, que vieram abaixo das expectativas, especialmente no segmento de energia solar.
Após os dados, o Itaú BBA cortou a recomendação da companhia de “compra” para “neutra” e o preço-alvo de R$34,00 para R$28,00 em 2024. O banco passou a ver um recuo de 44% na área solar da Intelbras neste ano, depois de registrar “desaceleração além do esperado”, segundo relatório.
Os papéis encerraram o pregão desta sexta (28) em queda de 9,92%, ao preço de R$ 22,70. No ano, a empresa acumula queda de 22,76%.
A Intelbras reportou lucro líquido de R$118 milhões entre abril e junho, uma queda de 10,6% na base anual, enquanto o TC Consenso projetava ganhos de R$126,5 milhões. A receita líquida, de R$970,8 milhões, também apresentou recuo, de 6,4%, em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando abaixo do consenso de R$1,07 bilhão.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês) foram de R$137,7 milhões, queda de 4,3% ano a ano, ante R$145,8 milhões projetados pelo TC Consenso, calculado com base em estimativas de bancos de investimento e corretoras.
Os dados do período foram afetados pela redução na demanda por microgeração distribuída nos negócios de energia solar, que ficaram “aquém das expectativas mais conservadoras e impactaram negativamente”, conforme informou a administração da Intelbras no release de resultados.
Em decorrência da queda no volume de negócios em energia solar, o segmento de energia reduziu sua relevância na receita da empresa de 34% no segundo trimestre de 2022 para 18% no mesmo intervalo de 2023.
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