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Mercados
Publicado em
24/10/23 8:21

Mercados de olho em dados de atividades e à espera de balanços

Juros, arrecadação e PL dos fundos estão no radar dos investidores
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Por: Leandro Tavares

As bolsas internacionais operam majoritariamente em alta nesta terça-feira, refletindo o alívio dos juros nos Estados Unidos na véspera e dados de atividades na zona do euro e no Japão. Investidores aguardam resultados corporativos e desdobramentos na guerra entre Israel e Hamas. No Brasil, a divulgação de dados de arrecadação e a votação do projeto de lei de que taxa offshores e fundos exclusivos podem pesar nas negociações. 

Os Treasuries americanos de dez anos sobem 0,5 pontos-base nesta manhã, um dia depois do alívio deflagrado por Bill Ackman, da Pershing Square, que revelou ter zerado sua posição vendida em títulos. 

No Oriente Médio, informações não confirmadas indicam que Israel iniciou sua incursão por terra na faixa de Gaza, um desdobramento importante na guerra contra o Hamas. Do outro lado, o grupo terrorista libertou dois reféns, mas exige acesso a combustível para libertar mais pessoas. 

Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, após alívio nos juros americanos e dados de atividades no Japão mostrarem contração pela primeira vez desde dezembro de 2022. Na segunda maior economia do continente, a prévia do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, industrial e de serviços atingiu 49,9 pontos, 48,5 pontos e 51,1 pontos, respectivamente, em outubro.

Ainda no Japão, o banco central anunciou uma nova operação não programada de compra de títulos, no qual comprará 300 bilhões de ienes em títulos do governo de cinco e dez anos. 


Na Europa, em dia de agenda econômica carregada, as bolsas operam sem direção única, refletindo dados de atividade de serviços e indústria na Alemanha, Reino Unido e na zona do euro, que vieram abaixo da pontuação de 50 pontos, indicando retração. Outros dados: no Reino Unido, a taxa de desemprego ficou em 4,2% em agosto, e na Alemanha, o índice GFK de confiança do consumidor foi negativa em 28,1 pontos em novembro.


Às 9h30, está previsto um discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, dois dias antes de a autoridade monetária divulgar sua decisão de política monetária. 


Nos EUA, destaque para uma intensa agenda de balanços, com grandes empresas divulgando seus resultados do terceiro trimestre. Antes da abertura do pregão, será a vez de Kimberly Clark, com expectativa de lucro por ação de US$1,59; GE, US$0,56; Verizon, US$1,18; GM, US$1,88; e 3M, US$2,35. 


Mais tarde, depois do fechamento do mercado, a expectativa é para Alphabet, dona do Google, Microsoft e Visa, que têm consensos, nesta ordem, de US$1,45, US$2,65 e US$2,25. 


Na agenda econômica, a S&P Global divulga, às 10h45, os PMIs composto, industrial e de serviços, com a previsão abaixo de 50 pontos para todos os indicadores. Às 11h, o Fed de Richmond divulga o índice de manufatura de outubro, enquanto às 14h o governo realiza um leilão do Tesouro com vencimento de dois anos. Às 17h30, a API divulga a variação de estoque de petróleo da semana passada. 


No Brasil, a temporada de resultados corporativos dá o start hoje, com a divulgação dos resultados da Neoenergia e das Indústrias Romi, depois do fechamento do mercado. Além disso, a expectativa dos agentes é pela votação do projeto de lei (PL) que taxa fundos offshores e exclusivos, uma vez que já há acordo para votar o texto nesta terça-feira. 


Às 10h30, a Receita Federal divulga os dados de arrecadação de setembro. Em agosto, a arrecadação atingiu R$172,785 bilhões, uma queda real de 4,14% na comparação anual. 


Ontem, o Ibovespa encerrou em baixa, pressionado pelas ações da Petrobras. No mercado de câmbio, o dólar fechou em queda, após alívio nos juros americanos. 


Para mais informações, acesse os Panoramas Corporativo e Político no pré-abertura. Fique de olho na cobertura dos indicadores e eventos mais importantes na agenda TC nos terminais da Mover e TC Economatica.


MERCADOS GLOBAIS


Perto das 07h00, o futuro dos índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 operavam em alta de 0,30%, 0,47% e 0,64%, respectivamente. 


O Índice Stoxx Europe 600 subia 0,16%, enquanto o índice alemão DAX tinha alta de 0,23% e o britânico FTSE-100 caía 0,14%. Entre os setores, destaque para o segmento de tecnologia, que subia 1,46%. 


O dólar americano operava em alta em comparação aos pares. O DXY tinha elevação de 0,20%, aos 105,803 pontos. No geral, as moedas operam sem direção única, com destaque para o rand sulafricano, que caía 0,76%. 


Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de dez anos, ou T-Notes, operavam em alta de 0,5 pontos-base, a 4,857%.  


Na Ásia, o índice HSI de Hong Kong caiu 1,05%, enquanto Xangai Composto teve alta de 0,78%. O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, subiu 0,20%. 


O minério de ferro com teor de concentração de 62%, negociado na bolsa de Dalian, subia 3,78% às 6h, cotado a US$118,15 por tonelada. 


O petróleo tipo Brent, que serve como referência para a Petrobras, operava em alta de 0,55%, a US$90,32 por barril.


O Bitcoin tinha alta de 12,66% nas últimas 24 horas, a US$34.353,00; o Ethereum subia 9,37% no mesmo período. 


MERCADOS LOCAIS


Bolsa: O Ibovespa futuro deve abrir em alta, em linha com o exterior, de olho nos ganhos das commodities. O índice tem suporte mínimo em 111.000 pontos e resistência máxima em 119.900 pontos, de acordo com o BB Investimentos. 


Câmbio: O dólar futuro deve abrir em baixa, após alívio nos juros dos EUA e na alta das commodities.  


Juros: Os contratos de juros futuros na B3 devem operar em queda. Os juros futuros nos EUA operam em baixa, à espera de dados de atividade.  


DESTAQUES


Cúpula do Congresso concentra força inédita e cria desafio para governo Lula. Mudanças adotadas durante a pandemia transferiram decisões para os presidentes da Câmara e do Senado; Palácio do Planalto tem dificuldades em impor sua pauta. (Estadão)


Haddad diz que o fundo dos Estados poderá ter pequeno ‘incremento’. O objetivo, segundo o ministro da Fazenda, é angariar apoio dos governadores. Estados pedem aportes anuais entre R$75 bilhões e R$80 bilhões. (Valor)


O relator da Reforma Tributária, senador Eduardo Braga (MDB), disse ontem que o texto irá prever uma trava de carga de impostos e que não há previsão de teto de alíquota, como foi sugerido por colegas na semana passada. Braga explicou ainda que os regimes diferenciados de tributação, que beneficiarão setores como de Educação e Saúde, serão revistos a cada 5 anos pelo Congresso. A expectativa é que o texto seja lido pelo relator nesta quarta-feira e votado no dia 7 de novembro. (Mover) 



🤚 Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou ontem que a Casa vai avançar nas deliberações de matérias como a do “combustível do futuro”, projeto de lei enviado para apreciação pelo Executivo em setembro e que prevê mudanças para os mercados de diesel, etanol e querosene de aviação. Para Lira, a futura lei deverá servir para estabelecer balizamento na medição da eficiência dos combustíveis pelo seu potencial energético e pela baixa emissão de carbono. (Mover) 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta segunda-feira, financiamento habitacional para classe média e aumento real do salário mínimo todos os anos. Segundo Lula, o aumento do salário mínimo é fundamental para atender os mais pobres, assim como os assalariados, que ganham mais, mas que também precisam de financiamento para aquisição da casa própria. (Mover) 


🤚 O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), explicou ontem que o governo deve bater o martelo sobre as mudanças no saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos próximos dias. O governo estuda mudanças nessas normas específicas do FGTS porque, segundo Marinho, Lula considera uma “injustiça” a regra atual, que diz que o trabalhador que usar o saque-aniversário não poderá resgatar todo o saldo que tiver no fundo em caso de demissão. (Mover)


 O conselho da Petrobras aprovou, na véspera, apresentação de proposta de revisão em seu estatuto que visa eliminar determinadas restrições para a indicação de membros para a alta cúpula, o que pode representar o ingresso de políticos na empresa, de acordo com fontes. A proposta também inclui a criação de uma reserva de remuneração de capital, que visa reservar recursos que excedam os 45% do fluxo de caixa livre previstos na política para distribuição mínima de dividendos. (Refinitiv)


Alta na venda de imóveis populares leva incorporadoras a buscar IPO. Corrida de empresas desse segmento por pedidos de registro na CVM é vista como preparação para a abertura de capital; investidores têm demonstrado apetite pelo setor. (Estadão) 


O Departamento de Justiça dos Estados Unidos buscou documentos e intimou à Tesla, do bilionário Elon Musk, enquanto analisa o sistema de assistência ao motorista da montadora, o piloto automático e a autonomia do veículo, entre outras questões, disse a empresa nesta segunda-feira. Segundo a companhia, o DOJ solicitou informações referentes aos carros elétricos. (Reuters)


Membros do sindicato da indústria automobilística entraram em greve na fábrica da Stellantis, em Michigan. A unidade, que produz a picape Ram 1500, o modelo mais vendido da montadora, emprega cerca de 6,8 mil trabalhadores. Com isso, o número total de trabalhadores em greve na empresa sobe 14,7 mil. Incluindo a GM e a Ford, o total de grevistas é de 40 mil. (Bloomberg) 


🤚 Os CEO da Pershing Square, Bill Ackman, apontou na véspera, em tuíte, que cobriu a posição vendida que detinha contra os rendimentos dos títulos do Tesouro de 30 anos, em meio a um cenário de maiores riscos globais. “Há muitos riscos no mundo para permanecer vendido nos Treasuries”, apontou. Os títulos do Tesouro de 30 anos são considerados ativos de segurança, em um ambiente de maiores riscos. Os títulos do Tesouro também se movem de forma oposta aos seus rendimentos. (Bloomberg)


(LT | Colaboração de Gabriel Ponte | Edição: Machado da Costa | Arte: Vinicius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)


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