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Publicado em
10/5/23 14:47

Google (GOGL34) rebate declarações do Telegram; entenda a polêmica

Pronunciamento acontece em dia que aplicativo é suspenso por Moraes
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Pixabay
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Por Bruno Andrade

Google (GOGL34) se pronunciou, nesta quarta-feira (10), após o Telegram afirmar na véspera de que a companhia do grupo Alphabet era um aliado do aplicativo de mensagens na campanha contra a PL das Fake News.

Na véspera, o Telegram compartilhou uma mensagem dizendo que "o Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão". A notificação também afirmou que "o PL 2630/2020 dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial prévia".

"É por isso que Google, Meta e outros se uniram para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito – mas isso não será possível sem a sua ajuda", diz a mensagem do Telegram.

No entanto, o Google rebateu as declarações e tentou se afastar da empresa.

"Fomos informados de que o aplicativo de mensagens Telegram disparou um alerta aos seus usuários acerca do Projeto de Lei 2630/2020 (PL/2630). No texto, somos citados sem qualquer autorização e não reconhecemos seu conteúdo", diz o Google em nota enviada à imprensa.

Moraes manda suspender Telegram por 72 horas

Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou a suspensão do Telegram por 72 horas caso a empresa não retire a mensagem contra o PL das Fake News em até 1h. A decisão foi tomada em despacho divulgado nesta quarta-feira (10).

O ministro estipulou uma multa de R$ 500 mil por hora caso a companhia descumpra a decisão judicial.

Moraes também pediu para que a empresa divulgue a mensagem a seguir.

"Por determinação do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a empresa Telegram comunica: A mensagem anterior do Telegram caracterizou FLAGRANTE e ILÍCITA DESINFORMAÇÃO atentatória ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à Democracia Brasileira, pois, fraudulentamente, distorceu a discussão e os debates sobre a regulação dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada (PL 2630), na tentativa de induzir e instigar os usuários à coagir os parlamentares", diz a decisão de Moraes.

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