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Por Luciano Costa
As elétricas Equatorial Energia (EQTL3) e CPFL Energia (CPFE3) estão disputando a aquisição da Coelce (COCE5), distribuidora de energia do Ceará controlada pela italiana Enel, em transação que pode avaliar a companhia cearense, incluindo dívidas, em R$ 10,8 bilhões, disseram analistas do Bradesco BBI.
No momento, as ações da Equatorial parecem levar em consideração a possível compra da Coelce, o que pode gerar alguma decepção entre os investidores, afetando os papéis, caso a empresa não saia vencedora na concorrência pelo negócio, ainda segundo a equipe do banco de investimentos do Bradesco.
"Apesar de nossa visão de que o negócio agregaria valor limitado, os investidores provavelmente o considerariam positivo devido às potenciais sinergias regionais", escreveram os analistas.
As ações da CPFL, porém, poderiam ter reação "neutra" ou "marginalmente negativa" se a empresa levar a Coelce, uma vez que a empresa sinalizou que usaria cerca de R$2,5 bilhões em dividendos retidos referentes a 2022 para quitar a operação.
"Por outro lado, se a CPFL não fizer a aquisição, esse dividendo retido provavelmente será pago, implicando um rendimento adicional de 6% sobre o rendimento de dividendo da do ano fiscal de 2023 de 11% – os investidores com foco em renda gostariam!", apontou o Bradesco BBI.
A Equatorial, por sua vez, possivelmente precisaria recorrer a uma oferta de ações para bancar a aquisição, uma vez que a empresa está com alavancagem elevada, segundo a equipe do banco.
Analistas do Bank of America disseram em relatório na semana passada que as ações de empresas de serviços públicos no Brasil, incluindo de elétricas, têm sido puxadas por expectativas de fusões e aquisições no setor, incluindo o negócio pela Coelce.
"Vemos a Equatorial bem posicionada", escreveu o time do BofA, projetando que as operações conhecidas como M&A devem ser um "tema chave" para as elétricas nos próximos dois meses.
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