Eletrobras (ELET3) anuncia troca de CFO; ações saltam com elogio de analistas ao substituto

Por: Luciano Costa

A Eletrobras (ELET3) anunciou nesta terça-feira a contratação de um novo diretor financeiro, Eduardo Haiama, ex-Equatorial Energia, que substituirá Elvira Presta, em movimento bem recebido por analistas que acompanham a empresa e pelo mercado em geral.

Após o anúncio, as ações da Eletrobras abriram em alta de mais de 4% na B3. Por volta das 10h10, as ações ordinárias avançavam 3,76%, a R$37,22 cada.

A troca na Eletrobras confirmou informações antecipadas ontem no Faria Lima Journal (FLJ) via Mover por meio de fontes com conhecimento do assunto.

Haiama é conhecido no setor elétrico por ter sido CFO da Equatorial durante pouco mais de uma década, entre 2008 e 2019, em gestão elogiada pela disciplina na alocação de investimentos e pelo sucesso na expansão dos negócios do grupo.

Antes, Haiama, que é engenheiro eletricista, atuou como analista de empresas de eletricidade e serviços públicos no BTG Pactual, entre 2004 e 2008. Ele também foi CFO da educacional YDUQS, entre 2019 e 2022.

O analista da Genial Investimentos, Vitor Sousa, fez elogios à atuação de Elvira Presta, "fundamental" na privatização da empresa, mas elogiou a escolha da Eletrobras.

"Eduardo Haiama é 10/10. Foi um dos principais nomes no sucesso da Equatorial e eu diria que é um dos maiores executivos do setor", escreveu Sousa na plataforma X.

A escolha de Haiama vem após mudança no comando da Eletrobras, agora presidida pelo ex-Banco do Brasil e Petrobras Ivan Monteiro, que assumiu após a renúncia do consagrado executivo Wilson Ferreira Jr, em meio a pressões do conselho por uma aceleração na agenda de mudanças da companhia.

"Se por um lado existiam críticas quanto à celeridade das coisas na Eletrobras, Haiama é um dos melhores nomes da indústria para sanar esse tipo de crítica", disse Sousa, da Genial.

Uma fonte que lidera a cobertura de elétricas em um grande banco afirmou à Mover que a escolha de Haiama agrada "bastante" ao mercado, devido ao histórico de atuação na Equatorial, que se tornou nos últimos anos uma "queridinha" dos analistas financeiros.