Por Roberto Samora
A previsão de exportação de soja do Brasil em 2023 foi elevada nesta terça-feira para 99 milhões de toneladas, 500 mil a mais em relação ao projetado em agosto, com o país contando com uma firme demanda da China e uma safra recorde neste ano, afirmou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
O ajuste na projeção foi feito com uma pequena mudança na projeção de safra do país, maior produtor e exportador global da oleaginosa, que tem agora sua colheita projetada em 157,3 milhões de toneladas, 300 mil toneladas acima do previsto no mês passado.
As previsões apontam forte aumento na comparação com 2022, quando o Brasil exportou 78,7 milhões de toneladas e produziu 129,9 milhões de toneladas, segundo a associação que reúne as principais tradings e processadoras do setor.
"O Brasil continua ganhando espaço no mercado internacional devido à qualidade da sua soja e ao aumento da demanda por alimentos na China", disse o diretor de Economia da Abiove, Daniel Amaral.
A Abiove ainda manteve a previsão de processamento de soja do Brasil em 53,5 milhões de toneladas, versus 50,9 milhões de toneladas em 2022.
Com os ajustes, a receita com exportação de soja em grão, farelo e óleo de soja do Brasil foi estimada em recorde de 66,8 bilhões de dólares em 2023, ante 66,58 bilhões na previsão de agosto e 60,9 bilhões em 2022.
A soja é o principal produto de exportação do Brasil.