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Economia
Publicado em
17/10/23 10:10

Abiove vê alta de 4,4% na nova safra de soja do Brasil

Exportação pode chegar a 100 mi de toneladas pela 1ª vez
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Reuters News Brasil
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Por Reuters

A nova safra de soja do Brasil caminha para atingir recordes em 2024, com a produção crescendo 4,4% ante a enorme colheita de 2023, para 164,7 milhões de toneladas, e o país pode alcançar máximas históricas também na fabricação de farelo e óleo, afirmou nesta terça-feira a associação da indústria Abiove, em sua primeira estimativa para a temporada.

O Brasil, maior produtor e exportador global de soja, deverá exportar 100 milhões de toneladas da oleaginosa em um ano pela primeira vez em 2023, afirmou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que vê preliminarmente uma estabilidade nos embarques do grão para o exterior em 2024.

"Isso é resultado de décadas de investimento em qualidade e adequação dos produtos da soja às necessidades dos clientes e dos investimentos públicos e privados em melhorias da infraestrutura logística para entregar produtos cada vez mais competitivos", disse o diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, Daniel Amaral, à Reuters.

"O Brasil produz hoje quantidades crescentes com sustentabilidade e eficiência para atender os mercados", acrescentou ele.

Até o mês de setembro, a Abiove projetava exportações de 99 milhões de toneladas de soja em 2023, ano que deverá encerrar com crescimento de mais de 21 milhões de toneladas nos embarques ante 2022, quando a safra foi menor.

A Abiove ajustou estimativa de safra de soja de 2023, colhida no primeiro semestre, para 157,7 milhões de tonelada, 400 mil t acima da previsão de setembro. Em 2022, a colheita somou 129,9 milhões de toneladas.

A nova safra está sendo plantada, e os resultados de 2024 portanto dependem das condições climáticas normais até a colheita. Mas analistas privados e o próprio governo têm apontado novo crescimento na área cultivada com a oleaginosa, enquanto se aposta na recuperação das produtividades no Rio Grande do Sul, importante Estado produtor atingido pela seca nos últimos anos.

FARELO E ÓLEO

O processamento de soja no Brasil em 2024 foi estimado em 54 milhões de toneladas, superando o recorde de 53,5 milhões de toneladas previsto para 2023.

Isso poderá permitir novas máximas históricas na fabricação de farelo de soja, com produção vista em 41,3 milhões de toneladas em 2024, levemente acima das 41 milhões de 2023, segundo a Abiove.

Já a produção de óleo de soja do Brasil em 2024 foi prevista em recorde de 10,9 milhões de toneladas, também um pouco acima de 2023 (10,8 milhões).

A exportação de farelo de soja do Brasil em 2024 deve cair 500 mil toneladas em 2024 ante 2023, para 21,5 milhões de toneladas. As vendas ao mercado interno foram vistas em 18,1 milhões de toneladas, estáveis ante 2023.

Já exportação de óleo de soja do Brasil deve ter queda acentuada para 1,6 milhão de toneladas em 2024, versus 2,4 milhões de toneladas em 2023, com país consumindo mais o produto para produção de biodiesel.

A oleaginosa responde por cerca de 70% da matéria-prima do biocombustível misturado ao diesel, e para 2024 o cronograma governamental indica aumento na mistura de 12% para 13%.    

"Esta retração na exportação decorre da maior demanda pelo óleo para uso interno, especialmente para a produção de biodiesel", confirmou Amaral.

DIVISAS

A receita com exportação de soja, farelo e óleo do Brasil em 2024 foi estimada em 61,12 bilhões de dólares, ante recorde de 67,26 bilhões de dólares previsto para 2023, em meio a preços mais baixos esperados para os produtos diante da maior oferta, de acordo com as estimativas da associação que reúne as principais tradings e processadoras.

O montante, apesar da redução, superaria os quase 61 bilhões de dólares de 2022.

A soja é o principal produto de exportação brasileiro, com o grão respondendo por mais de 50 bilhões de dólares do total previsto, enquanto farelo e óleo respondem por parcelas menores.

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