Quando se fala em ações para investir, é claro que muitos até se surpreendem com toda a variedade que está disponível. No geral, todo mundo pensa somente naquelas mais famosas, como as ações da Petrobrás, Vale, Magazine Luiza, Itaú, etc.
Contudo, a verdade é que há muitos tipos de investimentos que podem ser feitos pelas pessoas e que oferecem até bons retornos. Um deles tem um nome diferente: são as debêntures.
Normalmente, quem pesquisa um pouco sobre formas de investimentos acaba chegando às debêntures, mas pode ser um pouco complicado saber o que elas são de fato e as dúvidas mais comuns são:
Essas dúvidas todas serão explicadas ao longo deste texto. A verdade é que se fala pouco em debênture. Contudo, é muito importante estar ciente dessa opção rentável de investimento.
Se você estava procurando por uma forma segura de aplicar dinheiro e não quer se arriscar com ações, vale bastante a pena conhecer as debêntures.
Aqui tentaremos sanar suas dúvidas sobre debêntures e ficar pronto para fazer esse tipo de aplicação financeira. Continue lendo aqui!
Uma debêntures é um título de dívida emitido por uma empresa, geralmente de grande porte, mas nada impede empresas menores de emitirem desde que tenham capital aberto.
As empresas usam as debêntures para captar recursos no mercado financeiro. Ao comprar uma debênture, o investidor empresta dinheiro para a empresa e, em troca, recebe uma remuneração na forma de juros, que são pagos periodicamente até o vencimento do título.
As debêntures são uma forma de captação de recursos utilizada pelas empresas para financiar seus projetos de longo prazo, como investimentos em novas plantas industriais, aquisições de empresas e desenvolvimento de novos produtos.
Por serem títulos de dívida, as debêntures apresentam um risco de crédito, ou seja, existe a possibilidade de a empresa não honrar seus compromissos com os investidores. Além disso, por essa característica, ao adquiri-la, o investidor não adquire uma parte da empresa como ocorre com as ações, pois está apenas emprestando seu dinheiro para a empresa.
As debêntures podem ser negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão e podem ter diferentes modalidades de remuneração, como juros prefixados, juros pós-fixados indexados a índices de inflação ou taxas de juros de referência, como a taxa Selic.
Além disso, as debêntures podem ser emitidas com prazos de vencimento diferentes, que variam de alguns anos até décadas.
Como explicado, as debêntures podem ser traduzidas por “necessidade que uma empresa tem de conseguir mais dinheiro".
Vale salientar que, quando uma empresa aposta no lançamento de suas debêntures no mercado financeiro, a sua intenção é que o máximo de investidores seja alcançado, para ter um levantamento de dinheiro que poderá ser usado em diversas áreas da empresa.
Sempre que alguém compra os títulos de debêntures, esse investidor consulta antecipadamente qual é a taxa de juros e é fundamental não se esquecer de fazer isso porque esses juros são o quanto o investidor vai ganhar.
É importante ter em mente que o investidor irá receber o retorno a partir da taxa contratada, por isso é importante consultar antes da compra. Essas taxas podem ser ipca + percentual ou apenas um percentual.
Existem diferentes taxas de remuneração que as debêntures podem oferecer. Assim, esses juros são contabilizados sobre o montante de debêntures que o investidor adquirir. Dessa forma, chega-se a quanto a pessoa que aplicou seu dinheiro vai receber.
Apesar de ser um tipo interessante de investimento, é primordial que as pessoas tenham em mente que a maioria das debêntures possuem um prazo de médio a longo prazo para o resgate.
Sendo assim, aqueles que têm pressa de usar o dinheiro do seu investimento podem não encontrar tanta vantagem nas debêntures. Por outro lado, para aqueles que podem receber esse lucro mais adiante, contar com essa aplicação financeira tende a apresentar sim suas vantagens.
Não basta chegar ao mercado financeiro e desejar comprar debêntures: é preciso saber um pouco mais sobre cada uma.
Isso porque, normalmente, as corretoras de valores trabalham com várias divisões de debêntures, tais como:
As debêntures não conversíveis são títulos de dívida emitidos por empresas que não têm a opção de serem convertidos em ações da empresa emissora. Isso significa que o investidor que detém uma debênture não tem o direito de transformar o título em ações da empresa.
As debêntures não conversíveis são uma alternativa de investimento de renda fixa, que oferece maior previsibilidade de retorno em relação às ações, já que o investidor sabe antecipadamente quanto irá receber de juros ao longo do prazo do título.
Por outro lado, a rentabilidade das debêntures não conversíveis costuma ser menor do que a das debêntures conversíveis, uma vez que os investidores que optam por este tipo de título abrem mão da possibilidade de obter ganhos com a valorização das ações da empresa emissora.
As debêntures conversíveis permitem que o investidor troque o título por ações da empresa emissora em determinadas condições, ao contrário das não conversíveis que oferecem apenas a remuneração em dinheiro, na forma de juros, durante o prazo de vigência do título.
Esse tipo de debênture é exatamente o contrário da anterior. Considerando que os títulos de debêntures têm tempo de validade, e após esse período podem se tornar ações da própria empresa ou de terceiras desde que tenha esta cláusula estabelecida antes da compra.
Assim, vamos supor que alguém compra debêntures do Banco do Brasil: ao final do tempo estabelecido, as debêntures conversíveis passam a ser ações deste banco.
As debêntures incentivadas são títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos de infraestrutura, como obras de estradas, ferrovias, portos, aeroportos, saneamento básico, entre outros. Esses títulos possuem incentivos fiscais para os investidores, ou seja, há isenção de imposto de renda sobre os juros recebidos pelos investidores.
A emissão de debêntures incentivadas é regulamentada pela Lei nº 12.431/2011 e pode ser realizada por empresas que atuam nos setores de infraestrutura e que estejam cadastradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Essa modalidade de debênture foi criada com o objetivo de incentivar o investimento em projetos de infraestrutura no Brasil, que demandam grandes volumes de recursos para serem viabilizados. Com a isenção de imposto de renda, os investidores são incentivados a aplicar recursos em títulos de dívida emitidos por empresas que realizam projetos de infraestrutura, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.
Além da isenção de imposto de renda sobre os juros recebidos pelos investidores, as debêntures incentivadas também podem apresentar outras vantagens, como prazos mais longos de vencimento e taxas de juros mais atrativas em relação a outras modalidades de investimento de renda fixa.
Esse é um tipo de debêntures muito interessante para quem deseja seguir investindo na empresa. Sendo assim, quando se compra debêntures permutáveis assume-se a possibilidade de pedir à empresa que, em vez da quantia em dinheiro, sejam concedidas ações.
Inclusive, essa é uma boa oportunidade para quem deseja ter mais ações em determinada empresa e para quem tem interesse em ações que seriam mais caras.
Vale salientar, porém, que existe um limite para quem escolhe as debêntures permutáveis: não dá para receber títulos de outras empresas. Assim, se as debêntures são da Petrobrás, por exemplo, os títulos recebidos na permuta também têm de ser da Petrobrás.
As debêntures de infraestrutura são títulos de dívida emitidos por empresas que atuam no setor de infraestrutura, como concessionárias de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, empresas de energia e de saneamento básico, entre outras. Esses títulos têm como objetivo financiar projetos de infraestrutura de longo prazo, que demandam grandes volumes de recursos para serem viabilizados.
Esse tipo de debênture conta com incentivos fiscais para os investidores, como a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos auferidos pelos detentores desses títulos. Esse benefício é concedido pelo governo para estimular o investimento em projetos de infraestrutura, considerados fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país.
Para emitir debêntures de infraestrutura, as empresas precisam atender a determinados requisitos estabelecidos pela Lei nº 12.431/2011 a mesma de debêntures incentivadas, como:
As debêntures de infraestrutura são uma opção de investimento de renda fixa que oferece atratividade em termos de rentabilidade, além de contribuir para o financiamento de projetos estratégicos para o desenvolvimento do país.
Esses títulos são uma modalidade de investimento de renda fixa, em que o investidor empresta dinheiro à empresa emissora, que se compromete a pagar juros em um determinado prazo e devolver o valor principal ao final do vencimento.
As debêntures comuns não possuem incentivos fiscais como as debêntures incentivadas, e podem ser emitidas por empresas de qualquer setor, desde que atendam aos requisitos regulatórios estabelecidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O prazo de vencimento desses títulos pode variar de curto a longo prazo, dependendo das necessidades de financiamento da empresa emissora.
Os investidores que compram debêntures comuns têm como benefício a previsibilidade de recebimento dos juros e a garantia do pagamento do valor principal na data de vencimento.
As debêntures comuns podem ser negociadas em mercado secundário, o que significa que o investidor pode vendê-las antes do prazo de vencimento, caso deseje. A negociação desses títulos é realizada em bolsa de valores, e a rentabilidade varia conforme a oferta e demanda pelo título no mercado.
Muitas pessoas têm certa dificuldade em separar o que são as debêntures e o que são as ações. Contudo, é simples compreender o que elas têm de diferente.
Quando se fala em ações, pode-se dizer que você é “dono" de um fração da empresa. Isso quer dizer que, mesmo que a pessoa tenha poucas ações e que ela seja uma sócia minoritária, ela ainda tem parte do capital.
Por outro lado, falar em debêntures significa falar na compra de um título que tem um tempo de validade e que não faz do seu portador um sócio.
Na verdade, os investidores que compram debêntures funcionam como uma espécie de instituição financeira: ele empresta o dinheiro que aquela empresa tem necessidade no momento e, a partir de então, ela pode lucrar com os juros.
Para que uma pessoa que comprou as debêntures passe a ter qualquer tipo de “direito" sobre o capital da empresa, é muito importante que ela compre as debêntures conversíveis. Essas, como mencionado, são as que podem, depois, ser transformadas em ações.
Já quando as pessoas compram as debêntures de outros tipos e que não são conversíveis, elas passam a ser unicamente financiadoras dessa empresa. Isso quer dizer que, assim que acabar o tempo de validade da debênture, não haverá nenhum tipo de vínculo.
Porém, é importante salientar duas coisas: a primeira é que existe a possibilidade de comprar tanto debêntures não reversíveis quanto ações da empresa de maneira simultânea.
A segunda é que ambos os tipos de investimentos têm certo risco, ainda que se tratem de riscos diferentes. Mesmo assim, quem escolhe qualquer um desses papéis precisa se resguardar com relação a possíveis perdas.
Sempre que se tem a intenção de investir dinheiro em algo, é claro que um dos principais pontos é a expectativa de retorno.
Afinal, só vale a pena fazer qualquer tipo de aplicação financeira quando ela apresenta uma rentabilidade satisfatória e, principalmente, que supere o que foi investido.
No caso das debêntures, muitas pessoas não sabem exatamente o quanto elas podem render e isso ajuda a gerar dúvidas a respeito de ser ou não uma boa ideia comprar esse tipo de título.
Para começar, o rendimento das debêntures está associado a dois tipos diferentes de “regimes": o pós-fixado e o pré-fixado.
No caso do pós-fixado, é preciso ficar atento com a economia do país, considerando que o CDI e o IPCA são os índices que tendem a influenciar o retorno.
Quando esses títulos de crédito têm rendimento pós-fixado, a verdade é que os investidores têm mais dificuldade em saber o quanto eles vão poder resgatar. Afinal, sempre pode acontecer várias coisas que façam com que a economia varie e isso impacta as debêntures.
A outra forma de rendimento dessas ações é chamada de pré-fixada. Nesse caso, a pessoa que faz o investimento sabe de modo certeiro quanto é que vai receber anualmente e isso acontece no momento em que ele compra as debêntures.
Para quem prefere um pouco mais de segurança, é claro que confiar nas debêntures com rendimento prefixado é melhor porque se tem uma estimativa mais clara de quanto vai se ter de lucro.
Por outro lado, se a economia estiver em um período satisfatório, pode ser que os rendimentos pós-fixados sejam uma boa ideia, mas é importante que um especialista possa fornecer uma análise que responda isso.
A grande pergunta que algumas pessoas fazem é: quais são as razões para se comprar debêntures? A seguir explicamos os principais tópicos:
Rentabilidade: as debêntures podem oferecer rentabilidades mais atrativas do que investimentos de renda fixa mais tradicionais, como a poupança e os títulos públicos.
Diversificação: incluir debêntures em uma carteira de investimentos pode ajudar a diversificar o portfólio, reduzindo a exposição a riscos específicos de outros ativos.
Risco controlado: embora as debêntures apresentem um risco maior do que investimentos em títulos públicos, por exemplo, elas são consideradas títulos de renda fixa, o que significa que o investidor tem um fluxo de recebimentos previsível e garantido.
Isenção fiscal: no caso das debêntures incentivadas, os investidores podem contar com benefícios fiscais que reduzem a carga tributária sobre os rendimentos.
Liquidez: algumas debêntures são negociadas em bolsas de valores, o que permite que o investidor possa vender seus títulos antes do prazo de vencimento, o que aumenta a liquidez do investimento.
Contribuição ao desenvolvimento de projetos: no caso das debêntures de infraestrutura, por exemplo, o investimento pode ajudar a financiar projetos importantes para o desenvolvimento do país, como obras de estradas, energia e saneamento básico.
Normalmente, quem verifica do que se tratam as debêntures percebe logo que elas têm certa semelhança com um investimento que se chama CDB.
A razão de eles serem confundidos por alguns é que os dois têm a ver com a compra de títulos, ou seja, a empresa lança esses papéis com o intuito de levantar dinheiro, financiar algo que esteja no planejamento interno.
No entanto, se eles funcionam de maneira semelhante, por que fazer o investimento em um em vez do outro?
A questão é para quem o investidor prefere “dar dinheiro". Isso porque, no caso das debêntures, não é possível fazer um empréstimo para empresas que sejam do ramo financeiro.
Por outro lado, esse é o foco do CDB: quando alguém faz investimento nesse tipo de título, é justamente para uma instituição financeira que a aplicação vai.
Inclusive, devido ao fato de o CDB ser para atendimento de uma instituição financeira, ele conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), já os investidores de debêntures não contam com o FGC.
Isso faz com que uma parte das pessoas considere que a aplicação financeira em CDB é mais vantajosa que a aplicação em debêntures, já que é mais difícil que um banco quebre e, ao mesmo tempo, ainda existe a garantia de um seguro.
Por outro lado, se a intenção é “emprestar" para qualquer outro tipo de empresa, como uma empresa de construção, uma loja, uma empresa de informática e outros, o ideal é que se escolha o investimento em debêntures.
Cabe salientar que os dois têm as suas vantagens e os seus riscos e que ambos podem ser comprados em uma corretora, sendo indicado sempre ter a assistência de alguém especializado.
Assim como acontece com todos os investimentos, não se pode dizer que as debêntures são livres de riscos.
Pelo contrário: elas têm sim os seus riscos e eles ficam maiores quando não se escolhe de forma adequada a empresa na qual se está aplicando dinheiro.
Considerando que as debêntures nada mais são do que um empréstimo, é lógico que há o risco de a empresa que emitiu o título simplesmente não fazer o pagamento.
Assim, se a empresa que emitiu os créditos das debêntures for uma loja e ela decidir não pagar o quanto o investidor comprou em títulos, existe um golpe.
É certo que isso assusta um pouco quem está fazendo o investimento, mas a verdade é que dá sim para fugir desse tipo de calote: a grande dica dos especialistas é escolher empresas que prezam pela seriedade.
Há casos nos quais a empresa emite as debêntures não por causa de dívidas, mas sim porque elas querem fazer melhorias. No entanto, mesmo assim, existe o risco de problema financeiro posterior e, mesmo assim, não haver pagamento.
É importante salientar que isso não é uma coisa que aconteça de forma frequente: na realidade, quando se tem a assessoria de alguém especializado e se escolhe as empresas com critério, é bem pouco provável que aconteça um calote dessa natureza.
As debêntures são formas de aplicação financeira que consistem em uma pessoa comprar títulos de dívida de uma empresa.
No entanto, as pessoas também compram as debêntures para que as empresas possam financiar seus planos para qualquer área.
As debêntures podem ter rendimento pós-fixado, o que significa que as pessoas ficam sabendo exatamente quanto irão receber de lucro, sempre considerando como a economia evolui.
Por outro lado, também é possível que o rendimento seja prefixado, o que quer dizer que os lucros estão definidos por uma taxa pré-determinada.