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Por Machado da Costa
O Ministério da Agricultura confirmou um caso de Encefalopatia Espogiforme Bovina, conhecida como “mal da Vaca Louca”, em uma fazenda do município de Marabá (PA). Diante da situação, o Mapa enviou amostras para o laboratório de referência, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico. O Mapa seguiu o protocolo sanitário e suspendeu temporariamente as exportações para a China.
A seguir, as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados. Para mais informações, siga a cobertura dos principais acontecimentos nos terminais Mover e TC Economatica.
DESTAQUES DO DIA
Depois dos primeiros procedimentos serem adotados pelo Ministério da Agricultura por conta da confirmação de um caso de “Vaca Louca”, o governo tenta intensificar o diálogo junto a autoridades chinesas para restabelecer o comércio de carne bovina. Apesar de ter informado que o caso é atípico, apenas após declaração do laboratório canadense será possível atestar a inexistência de risco de contaminação. Casos de EEB são considerados atípicos quando a doença não é adquirida por vias externas, mas desenvolvida pelo próprio animal. (Mover)
A desaceleração da economia já é percebida em diferentes segmentos e o mercado de trabalho começa a perder fôlego, principalmente no setor de serviços. De acordo com o Boletim Macro, do Instituto Getúlio Vargas, os juros altos e uma possível desancoragem das expectativas de inflação, somados à desaceleração global, podem levar o PIB brasileiro a crescer somente 0,2% este ano. (Valor)
A Receita Federal autorizou, por meio de uma portaria, que conselheiros titulares do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) exerçam o que é conhecido como “mandato de julgador”. O objetivo é reduzir o número de casos que seguem para o colegiado e que tenham uma definição mais rápida. A medida segue a linha adotada pelo Ministério da Fazenda de elevar o poder de execução do Carf e pode ter impactos na arrecadação de recursos extraordinários. A portaria foi criticada por advogados tributaristas. (Valor)
ECONOMIA
O governo federal detectou uma forte crise de crédito no país e a equipe econômica está trabalhando para aliviar a inadimplência de pessoas físicas, enquanto monitora o quadro das empresas, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo. A crise das Americanas e a sinalização dos bancos de diminuir a oferta de crédito reforçam a preocupação. (O Estado de S. Paulo)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu insistir na política de desenvolvimento de uma indústria nacional de semicondutores, algo que se arrasta há mais de uma década sem sucesso. Será prorrogado até 2026 uma política que permita atrair fabricantes de chips e outros componentes eletrônicos. A preocupação se dá por conta da escassez destes produtos no mercado internacional. (O Globo)
Uma nova fonte de pressão fiscal pode nascer da reformulação do programa Bolsa Família. O governo está estudando pagar um valor extra para famílias com mais crianças e adolescentes. O valor seria além do adicional já prometido por Lula, de R$150 por criança de até 6 anos. (O Globo)
POLÍTICA
Um grupo formado por cerca de 70 deputados e 10 senadores está negociando sua adesão à base aliada do governo Lula no Congresso. Isso garantiria a Lula ter maioria mínima na Câmara e no Senado, mas ainda seria insuficiente para ter maioria constitucional – algo que o antecessor Jair Bolsonaro capacidade de aprovação expressa de Propostas de Emendas à Constituição. De qualquer forma, abre espaço para o avanço mais rápido de pautas complexas, como a Reforma Tributária e a nova Âncora Fiscal. O problema está na contrapartida exigida pelo grupo – cargos e espaço no orçamento.
AGENDA
-O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da reunião do G-20.
-O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e a deputada federal Gleisi Hoffmann. 10h00.
-O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. 17h30
