Por Gabriel Ponte
O Governo Central – composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – registrou déficit primário de R$35,9 bilhões em julho, pior que o registrado no mesmo período de 2022, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30).
As despesas do Governo Central avançaram a R$196,2 bilhões no mês passado, alta de 31,3% em termos reais em comparação com julho de 2022. Já as receitas líquidas recuaram ligeiramente, a R$160,3 bilhões, queda de 1,5%, em termos reais na mesma base de comparação.
Em julho de 2022, o Tesouro registrou superávit de R$18,9 bilhões. Já do início de 2023 até julho, o Governo Central acumula déficit de R$78,2 bilhões, abaixo do superávit de R$73,2 bilhões registrado no mesmo intervalo de 2022.
No acumulado de 12 meses até julho, o Governo Central registrou déficit de R$97 bilhões, o equivalente a 0,95% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta fiscal prevista pelo governo aponta para um déficit de R$145,4 bilhões em 2023, ante R$136,2 bilhões previstos anteriormente.
Em termos reais, o déficit registrado no mês passado foi o segundo pior para o mês julho no Brasil, atrás apenas do registrado em 2020, segundo a série histórica do Tesouro, iniciada em 1997.