Por Bruno Andrade
O Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) do Estado de São Paulo pediu o encaminhamento do projeto da lei de privatização da Sabesp (SBSP3) ao gabinete do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado nesta terça-feira (19).
"A Sabesp deve começar o procedimento para seleção e contratação dos bancos coordenadores e demais serviços necessários à futura oferta pública", disse a empresa.
A proposta de privatização da Sabesp será feita por meio de um processo de diluição da participação do governo de São Paulo na empresa. Após a venda da empresa, o governo estadual ainda seria um acionista relevante, mas teria apenas entre 10% e 30% dos papéis da companhia. Para os analistas do Itaú BBA, esse modelo é muito positivo.
"Em nossa visão, a alternativa escolhida é positiva dada a possibilidade de atrair operadores de elevada qualidade no setor e/ou grandes fundos de private equity. Além disso, o governo apresentou um novo plano de investimentos para a Sabesp que anteciparia a universalização dos serviços de 2033 para 2029", disseram Marcelo Sá e sua equipe em relatório enviado à clientes no último dia 5 de setembro.
O Itaú BBA classifica a ação da Sabesp como Outperform (equivalente à compra) com preço-alvo de R$ 83,60 para o final de 2024, o que implica em uma potencial alta de 38,02% na comparação com fechamento desta segunda-feira (18).