Por Bruno Andrade
A Marisa (AMAR3) reportou prejuízo líquido de R$ 63,4 milhões no segundo trimestre de 2023, piora de 82,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado na noite desta quarta-feira (09).
O número ainda foi menos pior que o esperado pelo mercado, que estimava um prejuízo de R$ 97,3 milhões, segundo o TC Consenso.
"Apesar da melhoria nas despesas financeiras líquidas e desconsiderando os ajustes não-recorrentes e as despesas das lojas descontinuadas, o resultado líquido foi impactado tanto pela redução de receita e margens operacionais do varejo e resultado operacional ainda negativo do Mbank", disse a empresa.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo de R$ 36,7 milhões. Um reversão do Ebitda positivo de R$ 10,8 milhões do ano anterior.
A receita líquida somou R$ 555,1 milhões, queda de 25%. A companhia atrelou a queda da receita ao fechamento de 88 lojas, que na visão da empresa, não eram rentáveis.
"Nossa operação de varejo sofreu impacto na receita tanto do fechamento de um número expressivo de lojas, quanto em termos de crescimento orgânico pelos desafios de vendas da coleção de inverno devido a temperaturas menos frias que o normal", disse a Marisa.
A empresa passa por uma reestruturação após uma série de prejuízos seguidos, causados pelo cenário macroeconômico desafiador que vem impactando todo o setor varejista.
A dívida líquida da companhia reduziu em R$ 81 milhões entre março de 2023 e junho de 2023, uma melhora de 18% ao longo do segundo trimestre de 2023.
"Tivemos uma melhoria no perfilamento da dívida da Marisa Lojas devido ao aporte de R$ 90 milhões no capital da subsidiária MPagamentos (via emissão de debêntures para a Marisa Lojas pelos acionistas controladores)", explicou a a Marisa.