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Publicado em
19/10/23 16:51

Números impressionantes da Netflix no 3º tri podem ter vida curta, dizem analistas

Para especialistas, ação está cara e custos de produção própria pesam
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Por: Bruno Andrade

As ações da Netflix registraram um salto nos Estados Unidos nesta quinta-feira, após a empresa de streaming divulgar resultados extremamente sólidos no terceiro trimestre. Para analistas ouvidos pela Mover, no entanto, o cenário é nebuloso para a companhia à frente.

Perto das 16h20, as ações da Netflix subiam 16,68% na Nasdaq, a US$403,85. No ano, os papéis avançam 36,95%. Em 30 de dezembro de 2022, o ativo valia US$294,88.

Divulgado ontem à noite, o balanço da Netflix apurou lucro líquido de US$1,67 bilhão no terceiro trimestre, alta de 20% na base anual. A empresa também aumentou em 11% o número de assinantes, e registrou alta de 298% na geração de caixa, que foi de US$472 no mesmo período de 2022 para US$1,88 bilhão.

Apesar dos números notáveis computados entre julho e setembro, a ação da empresa acumula queda de 41,72% desde a máxima histórica de fechamento, ocorrida em 29 de outubro de 2021. Desde esta data, o papel caiu de US$690,31 para os atuais US$403,85, impactado por fatores como a alta de juros nos EUA, que causou fuga de ativos da renda variável para a renda fixa, além do aumento da concorrência no setor.

“Dificilmente a empresa volta aos mesmos patamares. A concorrência do setor aumentou e deve continuar aumentando, o que implica em perda de lucratividade, que está diretamente ligada ao preço do papel”, explicou o analista da Levante Corp, Gerson Brilhante. Ele ressaltou que o aumento nos preços de assinatura do serviço nos EUA, Reino Unido e França causa temor para o futuro da companhia. “Precisamos sentir como os consumidores vão reagir aos reajustes de preços, que podem derrubar um pouco as margens da Netflix nos próximos trimestres.”

José Maria Silva, coordenador de Alocação e Inteligência da Avenue, explicou que a Netflix foi beneficiada pela paralisação de roteiristas nos EUA, que durou 148 dias e terminou no fim de setembro. “A greve levou a uma pausa nos gastos associados à criação de conteúdos, o que também impulsionou a geração de caixa da empresa”, afirmou.

Para o sócio da Arbor Capital, Matheus Popst, o fim da paralisação dos roteiristas agora é um fator de alerta e pode impactar negativamente a Netflix nos próximos trimestres, devido aos investimentos que a companhia terá de desembolsar para atualizar seu catálogo de novidades. “A empresa também corre o risco de ter cancelamentos de assinaturas por causa da menor quantidade de conteúdo causada pelo período da greve”, explicou.

Brilhante, da Levante, disse ainda que a empresa enfrenta problemas como o custo bilionário para a produção de conteúdo original de alta qualidade. “Manter os altos custos de produção é um desafio constante, e a priori, diminui o caixa, o que consequentemente, diminui as chances de alta para a ação. Por isso, nossa recomendação para o papel é ‘neutra’”, concluiu Brilhante.

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