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Mercados
Publicado em
25/10/23 8:19

Mercado internacional segue cauteloso com balanços

Congresso, juros, guerra e commodities seguem no radar do mercado
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Por: Leandro Tavares

São Paulo, 25/10/2023 - As bolsas internacionais operam em baixa nesta quarta-feira, em dia de agenda econômica fraca e com os investidores digerindo balanços corporativos ao redor do globo. No Brasil, os agentes aguardam o relatório mensal da dívida pública e a votação de pautas no Congresso. 

Nos Estados Unidos, o balanço da Microsoft agradou, enquanto o resultado da Alphabet, dona do Google, frustrou os analistas. Na Europa, o Deutsche Bank lucrou menos, mas prevê retorno maior para os acionistas. Já o LIoyds, maior banco de varejo do Reino Unido, decepcionou.  

No mercado de juros, os Treasuries americanos de dez anos voltaram a subir fortemente nesta manhã, acima de 4 pontos-base, a 4,865%. Às 14h, o governo fará leilão no valor de US$52 bilhões com vencimento de cinco anos.

No Oriente Médio, Israel intensificou o bombardeio em Gaza durante à noite, após um dos piores dias para os palestinos desde o início do conflito. Líderes mundiais pediram a suspensão dos combates para permitir a entrada de ajuda humanitária. 

Na Ásia, os mercados fecharam em alta, após a China ampliar os estímulos para impulsionar a economia. O governo local aprovou a emissão de US$137 bilhões em títulos do Tesouro no quarto trimestre e aprovou um ajuste no plano orçamentário central de 2023. O objetivo da iniciativa é direcionar os recursos para os governos locais. 

No setor imobiliário, a incorporadora Country Garden foi considerada inadimplente, após completar 30 dias de não ter pago juros no valor US$15,4 milhões.

Na Europa, os investidores estão em compasso de espera pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), amanhã, na qual a expectativa dos analistas é que a taxa de juros seja mantida em 4,5% ao ano.

Mais cedo, o índice de clima de negócios na Alemanha, medido pelo Instituto Ifo, atingiu 86,9 pontos em outubro, acima da projeção, que previa 85,9 pontos. Na zona do euro, tanto os empréstimos destinados às empresas como às famílias subiram em setembro. 

Às 14h, está previsto um discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde, que, assim como ontem, não deve falar de política monetária, um dia antes da decisão da autoridade monetária. 

Nos EUA, destaque para o índice de hipoteca, que será divulgado às 8h, enquanto às 11h será a vez das vendas de casas novas. O Departamento de Energia divulga, às 17h30, os estoques de petróleo da semana passada, com a previsão de uma alta de 1,55 milhão de barris. 

Às 17h35, está previsto um discurso do presidente do Fed, Jerome Powell. No entanto, o chair da autoridade monetária não deve falar de política monetária, já que deve respeitar o período de silêncio antes da decisão do dia 1° de novembro. 

Do lado empresarial, a IBM e a Meta, dona do Facebook e Whatsapp, divulgam os números do terceiro trimestre depois do fechamento do pregão, com projeção de lucro por ação de US$2,13 e US$3,64, nesta ordem. 

No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o índice de confiança do consumidor de outubro. O Tesouro divulga, às 14h30, o relatório mensal da dívida de setembro. 

A temporada de balanços esquenta hoje com Santander, Weg e Klabin antes da abertura. 

Há expectativa para a votação do projeto de lei (PL) que taxa os fundos offshores e exclusivos, prevista para ontem, seja nesta quarta-feira, após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, adiar a reunião de líderes, que define a pauta de votação, para hoje. 

Ontem, o Ibovespa encerrou em alta, impulsionado por Vale e Petrobras. No mercado de câmbio, o dólar fechou em baixa, com expectativa de pautas econômicas no Congresso e alívio no exterior. 

Para mais informações, acesse os Panoramas Corporativo e Político no pré-abertura. Fique de olho na cobertura dos indicadores e eventos mais importantes na agenda TC nos terminais da Mover e TC Economatica.

MERCADOS GLOBAIS


Perto das 07h00, o futuro dos índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 operavam sem direção única, com o primeiro subindo 0,05%, o segundo caindo 0,40% e o terceiro em baixa de 0,63%. 

O Índice Stoxx Europe 600 caía 0,27%, enquanto o índice alemão DAX tinha baixa de 0,17% e o britânico FTSE-100 subia 0,07%. Entre os setores, destaque para o segmento de consumo, que caía 0,85%. 

O dólar americano operava em alta em comparação aos pares. O DXY tinha elevação de 0,26%, aos 106,515 pontos. No geral, as moedas operam sem direção única, com destaque para o rand sulafricano, que caía 0,58%. 

Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de dez anos, ou T-Notes, operavam em alta de 4,5 pontos-base, a 4,870%.  

Na Ásia, o índice HSI de Hong Kong subiu 0,55%, enquanto Xangai Composto teve alta de 0,40%. O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, subiu 0,67%. 


O minério de ferro com teor de concentração de 62%, negociado na bolsa de Dalian, subia 3,32% às 6h, cotado a US$119,07 por tonelada. 


O petróleo tipo Brent, que serve como referência para a Petrobras, operava em alta de 0,12%, a US$88,18 por barril.


O Bitcoin tinha queda de 1% nas últimas 24 horas, a US$34.091,00; o Ethereum caía 2,95% no mesmo período. 


MERCADOS LOCAIS


Bolsa: O Ibovespa futuro deve abrir em baixa, em linha com o exterior, mas de olho na alta das commodities e na expectativa por pautas no Congresso. Em relatório, o BB Investimentos diz que o índice tem suporte mínimo em 111.000 pontos e resistência máxima em 119.900 pontos. 


Câmbio: O dólar futuro deve abrir em alta, com exterior mais cauteloso e alta das commodities.  


Juros: Os contratos de juros futuros na B3 devem operar em alta. Os juros futuros nos EUA operam em alta, à espera de novo leilão do governo.  


DESTAQUES


A Alphabet, holding controladora do Google, viu o crescimento das receitas oriundas da unidade de nuvem desacelerar ritmo de alta no terceiro trimestre, a 22,5%, em um cenário de competição e também com perspectivas turvas para a atividade econômica. A queda observada no pós-mercado, na véspera, mostrou como os investidores têm concentrado as apostas no segmento de inteligência artificial da companhia, ainda que a Alphabet tenha reportado lucros e vendas acima do consenso dos investidores. (Reuters)


A Microsoft reportou, na véspera, dados acima do consenso em todos os segmentos, com destaque para sua área de computação em nuvem, à medida que os investidores antecipam a oferta de uso de inteligência artificial. O entusiasmo, entre stakeholders e consumidores ,envolvendo as funcionalidades de Inteligência Artificial que a companhia poderá implantar em seus sistemas, auxiliou a receita da companhia avançar 13%, a US$56,5 bilhões, no trimestre encerrado em setembro. (Reuters)


O Santander Brasil reportou lucro líquido recorrente de R$2,72 bilhões no terceiro trimestre, queda de 12,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira. O número ficou em linha com o TC Consenso de R$2,7 bilhões. (Mover) 


Juros, câmbio e incertezas econômicas devem afetar balanços do 3° trimestre. A expectativa é que altas do minério de ferro e do petróleo sustentem resultados de empresas ligadas às commodities, como Vale e Petrobras. (Valor)


Em reunião tensa, conselho da ONU segue bloqueado. Embaixador israelense pediu a renúncia do secretário-geral da entidade, António Guterres, que fez dura crítica à ação de Israel na Faixa de Gaza. (Valor) 


A Receita Federal informou nesta terça-feira que a arrecadação caiu 0,34% em setembro, em termos reais – ou seja, descontada a inflação do período – em relação ao mesmo mês do ano passado, para R$174,31 bilhões. No acumulado do ano, a arrecadação atingiu o montante de R$1,691 trilhão, refletindo um decréscimo de 0,78% ajustado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Embora a variação seja marginal, este cenário sinaliza a necessidade de um olhar atento sobre as políticas econômicas. (Mover)


🤚 A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, ontem, o relatório do Projeto de Lei (PL) 334/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamento de 17 setores até 31 de dezembro de 2027 e propõe redução na contribuição previdenciária dos municípios brasileiros, de 20% para 8%. O relator, senador Angelo Coronel (PSD), rejeitou o substitutivo com as emendas da Câmara dos Deputados. (Mover) 


A proposta de criação de uma reserva de recursos da Petrobras para remuneração de capital terá como objetivo único o pagamento de dividendos, disse o diretor financeiro da companhia, Sergio Caetano, na véspera. De acordo com ele, a ideia vem de um aprimoramento de governança da companhia, garantindo aos acionistas o direito de receber seus dividendos de acordo com o que prevê as regras atuais da petroleira. (Reuters)


🤚 O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse ontem que os incentivos fiscais que reduzem a base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) podem ultrapassar R$200 bilhões neste ano. Também presente ao evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, reiterou que o foco do governo é revisar os incentivos usados para custeio e garantir os que fomentam o investimento. (Mover) 


(LT | Colaboração de Gabriel Ponte | Edição: Machado da Costa | Arte: Vinicius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)



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