Por Eduardo Puccioni
As taxas dos contratos de juros futuros operam perto da estabilidade na manhã desta quinta-feira, com ligeiro viés de alta na contramão dos títulos do Tesouro americano na expectativa pelos dados de emprego payroll dos Estados Unidos, que serão divulgados amanhã, e após dados de seguro-desemprego acima da esperado, o que reforça a tese de que o país caminha para uma provável recessão econômica.
Por volta das 9h40, a taxa de DI para janeiro de 2024 subia 2,5 pontos-base, a 13,25%, o DI para 2025 subia 6 pontos-base, a 12,02%, o DI para 2029 avançava 2 pontos-base, a 12,32%, e o DI para 2033 subia 2 pontos-base, a 12,70%.
A Commcor Corretora destaca em relatório matinal que os mercados operam sem direção única em meio a dados fracos apresentados pela economia estadunidense nos últimos dias, com o adicional da expectativa por mais uma bateria de dados de empregos americanos. “Em contraponto China apresentou nesta madrugada números que mostram a aceleração do setor de serviços para a máxima dos últimos dois anos”, destacaram.
AXP revisou suas projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 e 2024, passando de 5,6% para 6,2% e de 4,5% para 5,0%, respectivamente. Esse movimento reflete “a maior inércia inflacionária e nossa expectativa agora de cortes de juros mais cedo. Uma premissa é a elevação da meta de inflação para 4,5% a partir do próximo ano”. A XP prevê o primeiro corte de juro em agosto, com alívio de 0,25 ponto percentual, seguido de cortes de 0,50 pp até o patamar de 11,00% no primeiro trimestre de 2024.
Nos Estados Unidos, os pedidos de seguro-desemprego semanal atingiram 228 mil, acima do consenso que apontava para 200 mil pedidos. Ontem, a ADP informou que os novos empregos privados atingiram 145 mil em março, abaixo da expectativa do mercado, que era de 200 mil vagas.