Por: Eduardo Puccioni
As taxas dos contratos de juros futuros operam em forte queda nesta segunda-feira, acompanhando o recuo nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, com a alteração das expectativas para a taxa de juros dos Estados Unidos. Há pouco, o mercado atribuía 83% de chance de alta de 0,25 ponto percentual da taxa de juros americana agora em março e 16,6% em manutenção. Mais cedo, a aposta em taxa básica inalterada chegou a ganhar mais força, indicando probabilidade majoritária diante dos desdobramentos no sistema financeiro com o colapso causado pelo Silicon Valley Bank.
Por volta das 10h30, o DI com vencimento em janeiro de 2024 cedia 20 pontos-base, a 12,95%, enquanto o DI para 2025 recuava 31 pontos-base, a 12,07%, o DI para 2029 cedia 25 pontos-base, a 12,81% e o DI para 2033 recuava 24 pontos-base, a 13,10%.
“A curva de juros norte-americana, bem como das principais economias da Europa, seguem fechando conforme investidores buscam segurança e, em paralelo, apostam em rápida mudança de postura pelo Fed e BCE”, afirmou a equipe de análise da Commcor Corretora.
O Fed anunciou, em comunicado ontem, que disponibilizará financiamento adicional para ajudar a garantir que os bancos tenham a capacidade de atender às necessidades de todos os seus depositantes. Mas os desdobramentos do colapso do SVB continuam a surgir.
Reguladores americanos fecharam ontem o Signature Bank, diante do que consideram "risco sistêmico". Em comunicado, o Departamento de Serviços Financeiros dos Estados Unidos revelou ter assumido controle do banco, que dispõe de cerca de US$110,36 bilhões em ativos e US$88,59 bilhões em depósitos. As ações do First Republic, um banco com sede em São Francisco, despencavam 60% no pré-mercado de Nova York hoje.