Por Bruno Andrade
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estado Unidos (SEC) aceitou o acordo indenizatório de US$ 5 milhões que o IRB (IRBR3) irá pagar ao Departamento de Justiça americano (DOJ). O valor é uma indenização após a empresa dizer em 2020 que Warren Buffett era acionista da resseguradora, o que não era verdade. A informação foi divulgado ao mercado nesta quinta-feira (11).
"Devido em parte à ampla cooperação e remediação da companhia neste caso, a SEC não impôs qualquer penalidade como parte de seu acordo com a companhia", disse o IRB.
Em 2020, o IRB havia afirmado que Buffet era acionista da empresa em uma tentativa de acalmar o mercado após a gestora Squadra ter descoberto fraude no balanço da empresa em fevereiro de 2020.
Na época, a companhia chegou a fazer uma investigação interna e descobriu que os números de 2017 a 2019 apresentados na temporada de balanços não eram verídicos.
Os resultados inclusive assustaram a antiga gestão de Antônio Cassio dos Santos, que assumiu a companhia naquele período após os escândalos. “Alguns sinistros não estavam em lugar nenhum”, disse Santos em teleconferência em 2020.
Em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira, a companhia disse que continuará cooperando com a SEC e o DOJ, visando aprimorar suas práticas de controles internos, governança e conformidade, submetendo-se ao acompanhamento e reporte periódico ao DOJ por um período de até 3 anos.
As ações do IRB recuam 97% desde a data a descoberta na fraude do balanço.
Veja o documento: