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Publicado em
3/4/23 12:59

Hapvida (HAPV3): O que esperar da ação após queda 41,6% em março?

Hapvida começa abril com novas tentativas de sanar problemas
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Por Bruno Andrade

As ações da Hapvida (HAPV3) tiveram o pior desempenho do Ibovespa em março. Os papéis da companhia recuaram 41,6%, caindo de R$ 4,49 para R$ 2,62. De acordo com Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, a queda acontece após a companhia divulgar um balanço muito abaixo das expectativas do mercado.

“As sinistralidades aumentaram em boa parte do setor de saúde, o que não foi nada positivo para a companhia. Além disso, a fusão com a NotreDame não tem atingido o resultado esperado”, disse Komura.

A companhia entregou um prejuízo de R$ 316,7 milhões no quarto trimestre de 2022. Segundo analistas do Santander, os números acabaram  piorando a queima de caixa da empresa, o que acendeu o sinal de alerta no mercado.

Para sanar esses problemas, a companhia vendeu 10 imóveis que possuía , conseguindo levantar R$ 1,2 bilhão com a transação. Além disso, a empresa também anunciou nesta segunda-feira (03) que fará uma oferta secundária de ações que deverá movimentar cerca de R$ 863 milhões. As duas tentativas são para estancar o problema de caixa, que trouxe muita volatilidade para o ativo.

O que fazer com Hapvida?

De acordo com o Santander, a queda brutal sofrida pela ação em março abre espaço para o investidor comprar o ativo para o longo prazo. O banco continua otimista com o papel e o classifica como outperform (desempenho acima da média do mercado), o que é equivalente a compra.

O preço-alvo é de R$ 7 para o final de 2023, o que implica uma alta de 167% na comparação com o fechamento de sexta-feira (3). Esse otimismo se deve pelo fato do Santander acreditar que a companhia tem um fluxo de caixa descontado, principalmente após os anúncios feitos para conter os problemas financeiros.

“Com todos os descontos e pontos positivos, vemos um crescimento de 6,0% na perpetuidade em termos nominais”, disseram Caio Moscardini e Guilherme Gripp, que assinam o relatório do Santander.

Todavia, eles alertaram os investidores para possíveis riscos de aportar na companhia, como concorrência mais forte, risco de execução do plano de recuperação e ambiente macroeconômico deteriorado.

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