Por: Sheyla Santos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), manifestou nesta sexta-feira uma preocupação a respeito da estagnação da economia, especificamente no terceiro trimestre.
Haddad afirmou que tem sinalizado desde abril que o país vive um período de desaceleração econômica. “O Brasil vai crescer, mas nós temos que ver o crescimento dele na margem, porque é isso que vai projetar o futuro da economia para a frente”, afirmou em coletiva de imprensa nesta sexta em São Paulo.
Segundo ele, a inflação está convergindo para a meta e há uma preocupação do governo em fazer a melhor trajetória possível para compor um balanço adequado entre as trajetórias de crescimento e de inflação.
Em relação à promessa da meta fiscal zero em 2024, Haddad destacou que é preciso persegui-la “obstinadamente”. O ministro acenou mais uma vez ao Congresso Nacional e admitiu que, sem as aprovações de projetos no Legislativo, o orçamento do ano que vem estará comprometido.
Haddad disse esperar que o texto da Reforma Tributária seja aprovado ainda neste ano. O chefe da Fazenda ressaltou que depende do Senado para a aprovação da reforma e da Câmara para dar andamento a um conjunto de medidas econômicas essenciais. “Temos boa perspectiva de ter o mesmo sucesso no segundo semestre que nós tivemos no primeiro”, disse.
O plano fiscal de Haddad para zerar o déficit já em 2024 se baseia, principalmente, em fontes de arrecadação. Antes de chegar aos cofres públicos, uma parcela das medidas ainda depende de aprovações tanto no Judiciário quanto no Legislativo, o que tem ampliado a descredibilidade no mercado sobre a viabilidade da promessa.