Por: Luana Franzão
O fundo Verde, principal multimercado da Verde Asset, continua carregando posições vendidas em moeda chinesa, diante da piora da perspectiva para a economia do país asiático, após dados fracos de crescimento e pela necessidade de estímulos à atividade nos últimos meses.
Em carta mensal divulgada a cotistas nesta quarta-feira, a gestora afirma que pequenos incentivos anunciados pelo governo chinês têm sido capazes de estabilizar a situação a curto prazo. No entanto, o fundo macro da casa "está mais focado nos desafios estrutrais de uma economia que vem sistematicamente se alavancando e se fechando ao mundo externo, expulsando o capital estrangeiro".
Na visão da asset, o cenário externo desafiador – com altos juros globais e o enfraquecimento chinês – cria empecilhos para emergentes, o que atinge em cheio o Brasil. Mesmo assim, frente a isso, o fundo está com exposição neutra em bolsa global, enquanto aproveitou a piora recente da bolsa brasileira para voltar a expandir sua alocação em ações locais.
Ainda no cenário doméstico, a asset afirmou que mantém o foco na resiliência do crescimento e nas oportunidades técnicas nos mercados locais, a despeito do ruído sobre o contexto fiscal, que considera "exacerbado e tirado de sua devida proporção". O fundo manteve a posição comprada em inflação implícita no Brasil, que corresponde à diferença entre as taxas nominal e real de mesmo prazo.
Ainda de acordo com a carta, nos Estados Unidos, o fundo Verde manteve a posição aplicada em juro real – que ganha com a queda da taxa –, ao passo que aumentou a alocação vendida no dólar contra o real.