Por: Luca Boni
O dólar opera em queda nesta sexta-feira, próximo das mínimas do ano, enquanto as taxas de contratos dos juros futuros curtos avançam e os longos caem, em linha com os rendimentos dos títulos do Tesouro americano. Investidores reagem a novos dados que mostram desaceleração do Índice de Gastos Pessoais (PCE) nos Estados Unidos e aos dados de desemprego no Brasil.
Perto das 09h40, o dólar à vista caía 0,65%, cotado a R$4,7117, enquanto o contrato futuro recuava 0,70%, a R$4,712. Em uma cesta de 22 divisas acompanhada pela Mover, o real apresentava o segundo melhor desempenho ante o dólar – a moeda americana cede perante a maioria das moedas.
Os dados do PCE, inflação mais acompanhada pelo Federal Reserve, vieram levemente abaixo das expectativas do mercado na base anual e em linha na base mensal, reforçando a trajetória de desinflação vista anteriormente. O indicador endossa as expectativas do mercado de que o Fed está perto de encerrar o ciclo de aperto monetário nos EUA, após aumentar a taxa de juros em 25 pontos-base na última quarta-feira.
Por aqui, foi divulgada mais cedo a taxa de desemprego no trimestre de abril a junho de 2023, atingindo 8%, abaixo do consenso de 8,2%, enquanto o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) apresentou deflação de 0,72% em julho, em linha com o consenso. Os dados mostram que o país segue com uma atividade mais firme e com um mercado de trabalho resiliente, embora a inflação siga perdendo terreno, o que reforça a possibilidade de corte de juros por aqui.
Os DIs com vencimentos em Jan/24 e Jan/25 operavam em leve alta de 1,5 ponto-base e 0,5 pb, respectivamente, a 12,61% e 10,63%. Já as taxas dos contratos para Jan/27 e Jan/31 recuavam 2,0 pbs a 10,19% e 10,82%, nessa ordem.