Por Bruno Andrade
A Braskem (BRKM5) reportou prejuízo líquido de R$ 771 milhões no segundo trimestre de 2023, redução de 45% na comparação com prejuízo de R$ 1,4 bilhão do mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado na noite desta terça-feira (08).
O resultado foi pior que o esperado pelo mercado, que estimava um prejuízo de R$ 504 milhões, segundo o TC Consenso.
Segundo a companhia, o resultado foi impactado pela redução do spread no mercado internacional de 48%. Além disso, a redução de 13% no volume de vendas totais de resinas, e de 16% no volume de vendas de principais químicos no mercado brasileiro pesaram no balanço.
"Estes efeitos foram compensados parcialmente pelo aumento de 62% no volume exportado de principais químicos no segmento Brasil, de 2% no volume de vendas de PP nos Estados Unidos e Europa e de 13% no volume de vendas de PE no México", explicou a empresa.
Todos esses fatores também pesaram sobre o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente da empresa, que foi de R$ 703 milhões, tombo de 82% em relação ao ano anterior.
A receita líquida com vendas somou R$ 17,7 bilhões, baixa de 30%.
A dívida líquida da empresa ficou US$ 4,8 bilhões, leve alta de 14%. Com o avanço de endividamento, a alavancagem disparou 546%, indo de 1,22 vez para 7,90 vezes.