Por Luciano Costa
As ações da Petrobras (PETR4) renovaram máximas históricas na manhã desta terça-feira (5), após a Arábia Saudita e a Rússia confirmarem que manterão o corte na produção de petróleo de 1 milhão de barris por dia até o final do ano. A iniciativa acabou impulsionando o preço da commodity e os papéis de petrolíferas independentes como Prio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3), conhecidas pelo termo ´junior oils´.
Por volta de 13h50, os papéis ordinários da Petrobras subiam 4,26%, a R$36,70, enquanto as ações preferenciais, mais líquidas, avançavam 2,57%, a R$33,12. Ambas apareciam entre as maiores altas do Ibovespa, junto com as ações ON da Prio, que subiam 2,21%, a R$47,64.
Já as ações da 3R Petroleum subiam 1,40%, a R$33,31, enquanto Enauta (ENAT3) avançava 1,70%, a R$16,13. Por outro lado, a PetroRecôncavo operava na contramão do setor, recuando 5,65%, a R$22,53, registrando a maior queda do Ibovespa.
No horário acima, o Ibovespa, principal índice da B3, subia 0,03%, aos 117.811 pontos, apoiado nos papéis da estatal, depois de operar boa parte do dia no negativo.
Os contratos futuros do petróleo Brent, por sua vez, que servem como referência para a Petrobras, ampliaram a alta e subiam mais de 2%, a US$90,80 por barril, máxima em dez meses, impactado pela iniciativa dos sauditas e russos.
Especialistas no setor de óleo e gás têm associado a estratégia dos sauditas de cortar oferta a um plano do país de levantar US$50 bilhões com a venda de ações da petroleira estatal Aramco, de acordo com o Wall Street Journal.
Isso porque um ambiente de preços mais altos do petróleo tenderia a aumentar o apetite de investidores pela Aramco, que deve realizar a oferta de ações na bolsa de Riad, segundo a publicação.