Por Gabriel Ponte
Os principais índices acionários norte-americanos encerraram a sessão desta terça-feira (12) em queda, com os preços do petróleo alimentando temores renovados quanto à inflação, o que reforça a possibilidade de o Federal Reserve lançar mão de uma alta adicional dos juros neste segundo semestre.
O S&P500, o Dow Jones e o Nasdaq 100 recuaram 0,57%, 0,05% e 1,11%, respectivamente. Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos avançavam 2,7 pbs, a 5,02%, enquanto os de dez anos perdiam 2,2 pbs, a 4,272%.
No mesmo horário, os contratos futuros do barril de petróleo Brent para entrega em novembro avançavam 1,70%, a US$92,18 por barril, no maior nível intradiário desde novembro de 2022. A pressão sobre os preços de energia podem forçar a manutenção das taxas de juros em níveis elevados por mais tempo nos EUA.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) projetou mais cedo uma forte demanda pela commodity neste ano, calculando um aumento da procura em 2,4 milhões de barris por dia.
Os investidores também aguardam a divulgação da Inflação de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), referente a agosto pelo Departamento do Trabalho. A expectativa do mercado é de aceleração da alta da inflação nas bases mensal e anual, a 0,6% e 3,6%, respectivamente.
Na quinta-feira, os investidores acompanharão a divulgação dos dados da Inflação de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), também de agosto.
À Reuters, o CEO do Goldman Sachs, David Solomon, avaliou que a economia americana provavelmente evitará uma "recessão significativa", mas alertou para uma potencial inflação mais persistente do que os mercados atualmente precificam.
As ações da Apple recuaram 1,76%, a US$176,21, após a companhia apresentar seus novos produtos, em evento nesta tarde. A nova linha de smartphones recebeu os mesmos preços de um ano atrás. O iPhone 15 sai a partir de US$799 e o iPhone 15 Plus, a partir de US$899, nos Estados Unidos.
O evento desta terça ocorreu em meio à decisão da China, terceiro maior mercado consumidor da Apple, de banir o uso de iPhones em departamentos governamentais.