Por: Gabriel Ponte
O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, afirmou há pouco haver uma série de pontos em que os negociadores permanecem "distantes" nas tratativas envolvendo o limite da dívida. Os mercados aceleraram queda e os rendimentos dos Treasuries avançaram com as declarações.
Em coletiva de imprensa, McCarthy afirmou que enviará negociadores republicanos para a Casa Branca, em uma tentativa de encerrar as tratativas envolvendo o teto da dívida. Ele também reiterou que há divergências envolvendo os gastos federais, embora acredite em um progresso nas negociações.
O presidente da Câmara repetiu que não haverá um "default" nos EUA, embora tenha reiterado que os Republicanos não concordam com uma elevação dos tributos na economia. "Nós já oferecemos uma série de concessões", complementou. Também segundo ele, o problema dos EUA concentra-se pelo lado das despesas, e não pelo das receitas.
Por volta das 13h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dez anos operavam na máxima intradiária, avançando 3,4 pontos-base, a 3,730%. Já os rendimentos dos Treasuries de dois anos reverteram queda inicial, e avançavam 1,4 pbs, a 4,341%.
Em linha com a maior aversão ao risco, o índice Dólar DXY renovou máxima intradiária, subindo 0,33%, aos 103,85 pontos. Em Wall Street, os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 perdiam 0,71%, 0,81% e 0,80%, respectivamente.
Mais cedo, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, reforçou que os EUA podem falhar em cumprir com seus compromissos já no início de junho, caso o Congresso não alcance um acordo para elevar o teto da dívida, de US$31,4 trilhões. Em evento promovido pelo Wall Street Journal, Yellen também disse não haver "decisão aceitável que não a elevação do teto da dívida". Ela também disse já notar estresse nos mercados financeiros com o imbróglio.