Por: Sheyla Santos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou mensagens críticas aos países desenvolvidos e defendeu a manutenção não apenas da “floresta em pé”, mas da qualidade de vida da população residente dos países que compõem a Amazônia, em declaração à imprensa no último dia da Cúpula da Amazônia.
“Medidas protecionistas mal disfarçadas de proteção ambiental por países ricos não são caminho a trilhar”, disse o mandatário, complementando que valorizar a floresta é dar dignidade para pessoas da Amazônia.
No discurso, o presidente brasileiro mencionou o item 35 da Declaração de Belém. O documento, composto por 113 itens e assinado na terça-feira por chefes de estado presentes no evento, exorta os países desenvolvidos a “cumprirem seus compromissos de fornecer e mobilizar recursos, incluindo a meta de mobilizar US$100 bilhões por ano em financiamento climático”.
A Declaração de Belém não se compromete com prazos para medidas de preservação ambiental, especialmente sobre temas como o desmatamento zero e a exploração de petróleo.
Visando a COP-28, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, em novembro e dezembro deste ano, Lula fez um discurso de união com os países latinos e cobrou uma reparação por danos ambientais causados pelas nações mais ricas.
“Não é o Brasil que precisa de dinheiro, não é a Colômbia que precisa de dinheiro, não é a Venezuela. É a natureza, que o desenvolvimento industrial, ao longo de 200 anos, poluiu que está precisando que eles paguem a sua parte agora para a gente recompor parte daquilo que foi estragado”, disse. “É a natureza que está precisando de dinheiro, de financiamento”, finalizou.