Por: Luca Boni
O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira em alta, impulsionado pelas ações de mineradoras e siderúrgicas, apesar da pressão de queda da Petrobras (PETR4), após o anúncio de uma possível mudança de preços de combustíveis. Investidores continuam repercutindo a divulgação de balanços corporativos e acompanhando os desdobramentos do projeto do arcabouço fiscal no Congresso.
O Ibovespa fechou em alta de 0,52%, aos 109.029 pontos, pelo oitavo pregão consecutivo. A sessão registrou volume de negociação de R$16,9 bilhões, abaixo da média de 50 pregões, que está em R$18,3 bilhões.
Ações de Vale (VALE3) e Usiminas (USIM5) avançaram 1,44% e 2,01%, respectivamente. O minério de ferro saltou 4,17% na bolsa chinesa de Dalian na última madrugada e a expectativa de anúncio de mais estímulos na economia chinesa impulsionou os preços da commodity. O índice de Materiais Básicos da B3 subiu 1,21%.
Papéis de Eztec (EZTC3), Klabin (KLBN4) e Gol (GOLL4) subiram 4,91%, 4,54% e 4,07%, respectivamente, figurando entre as maiores altas do Ibovespa.
Na ponta oposta, as ON e PN da Petrobras (PETR3 - PETR4) recuaram 1,99% e 2,25%, na mesma ordem. Ontem, a estatal informou ao mercado que discute internamente uma possível alteração na política de repasse de preços de combustíveis.
Ações de Braskem (BRKM5) desvalorizaram 6,70% e lideraram as quedas percentuais do índice. Os papéis aceleraram o viés negativo após a imprensa divulgar que a Petrobras avalia a compra do controle da petroquímica. Segundo a sócia-fundadora da AVG Capital, Andressa Bergamo, o mercado acredita que a petroleira pode trazer risco ao negócio da Braskem caso assuma o controle da companhia.
Papéis de Raízen (RAIZ4) perderam 4,56%, após a maior produtora de etanol de cana-de-açúcar do Brasil ter divulgado resultados ruins e abaixo da expectativa do mercado no primeiro trimestre.
As ON da BB Seguridade (BBSE3) recuaram 5,91%. Mais cedo, a segunda maior seguradora do país reportou lucro líquido próximo do consenso Mover no primeiro trimestre.
Agências de notícias divulgaram mais cedo que o relator do arcabouço, Claudio Cajado (Progressistas), afirmou nesta tarde que o relatório preliminar da nova regra fiscal está pronto.
Segundo especialistas ouvidos pela Mover, investidores estão otimistas com a entrega do projeto e a expectativa é que o governo vote ainda nesta semana a proposta na Câmara dos Deputados.