Por: Gabriel Ponte e Luca Boni
São Paulo, 23/01/2023 - O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira em queda, com investidores penalizando papéis de bancos. Enquanto Bradesco, Itaú e Santander seguem pressionados pela crise envolvendo a Americanas, o Banco do Brasil reagiu às falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O índice Bovespa encerrou em queda de 0,27%, aos 111.737 pontos. As ações preferenciais do Itaú caíram 3,07% e as preferenciais do Bradesco recuaram 4,23%. Juntas retiraram cerca de 400 pontos do Ibovespa.
Já as ordinárias do Banco do Brasil, que chegaram a subir 2,9% no melhor momento do dia, terminaram a sessão em queda de 0,75%, a R$39,77, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
Em entrevista coletiva durante viagem a Buenos Aires, Haddad afirmou que o novo plano de financiamento de exportações do Brasil para a Argentina teria o Banco do Brasil como agente que emitiria as cartas de crédito. Posteriormente, o ministro da Fazenda disse que a instituição não assumirá nenhum risco ao conceder crédito a importadores argentinos que comprarem produtos locais.
A queda do Ibovespa só não foi mais expressiva porque as ordinárias e preferenciais da Petrobras subiram 2,31% e 1,59%, respectivamente. Juntamente com as ordinárias da Vale, que avançaram 0,33%, os papéis da estatal hidrataram o índice em mais de 280 pontos.
Ao fim da sessão, os contratos futuros do petróleo tipo Brent para entrega em março avançavam 0,54%, a US$88,10, patamar este que não era tocado desde o início de dezembro. A commodity beneficia-se, neste início do ano, de perspectivas positivas com a reabertura econômica da China.
Amanhã, investidores vão ficar atentos aos dados de inflação medidos pelo IPCA-15 referentes ao mês de janeiro.
(Colaboração de Giovanni Porfírio)