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Por Bruno Andrade
O ex-presidente, Jair Bolsonaro, devolveu as joias dadas por autoridades da Arábia Saudita nesta sexta-feira (24). A entrega foi realizada pelo advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, em uma agência da Caixa Econômica Federal de Brasília.
A equipe de Jair Bolsonaro também informou que o presidente deve retornar ao Brasília na manhã do dia 30 março, na véspera da comemoração, pelos militares radicais, do Golpe Militar de 1964. O desembarque será em Brasília.
A equipe do ex-presidente entregou uma caneta, um anel, um relógio, abotoaduras e uma masbaha - uma espécie de terço islâmico. Os itens são avaliados em R$ 500 mil. A restituição, ainda que com atraso, segue a norma do Tribunal de Contas da União (TCU), que entende que apenas presentes de pequeno valor podem ser retidos para o acervo pessoal do chefe do Executivo.
As joias foram trazidas em outubro de 2021 por uma comitiva do Ministério de Minas e Energia, que estava na Arábia Saudita. Elas entraram no país de forma irregular, visto que não foram declaradas na Receita Federal.
A entrega aconteceu após a revelação, no último dia 3 de março, de que a comitiva do governo tentou trazer ilegalmente R$ 16 milhões em joias. Na época, um assessor do ex-ministro de Bolsonaro, Bento Albuquerque, tentou entrar com os utensílios escondidos na mochila.
Os pertences incluíam um colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes. O pacote foi retido na alfândega pela Receita Federal.
Tanto as joias retidas quanto as entregues hoje foram reconhecidas pelos assessores de Bolsonaro. Em contra partida, a ex-primeira dama atacou a imprensa. “Quer dizer que eu tenho tudo isso e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa imprensa vexatória", escreveu Michelle Bolsonaro em um story no Instagram.
