Por: Fabricio Julião
O dólar e as taxas de contratos dos juros futuros operam em leve queda nos primeiros negócios desta quarta-feira, perto da estabilidade. Investidores digerem a bateria de dados de inflação e do mercado de trabalho no Brasil e nos Estados divulgados nesta manhã, enquanto buscam antecipar os passos da política monetária nos dois países.
Por volta das 9h35, os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 operavam em queda de 1,0 ponto-base e 2,0 pbs, respectivamente, a 12,39% e 10,44%. Já os vértices para jan/27 e jan/31 caíam 3,0 pb e 4,0 pbs, na mesma ordem, a 10,08% e 10,81%.
A segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) americano registrou variação de 2,1% no 2º trimestre – abaixo do consenso de 2,40%. Já a segunda leitura do índice de preços para gastos de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 2,5% no mesmo período, ante consenso de 2,6%. O núcleo do PCE, por sua vez, atingiu 3,7% no período, na segunda leitura, levemente mais tímido do que a projeção de 3,8%.
Vale destacar que o PCE é o indicador preferido de inflação do Fed, e a variação abaixo do esperado indica que o “efeito amargo” da alta dos juros para controle da inflação vem funcionando. Além disso, sinais de desaceleração no mercado de trabalho americano dão força à hipótese de fim das elevações na taxa básica de juros dos EUA.
Ainda hoje, o Ministério do Trabalho do Brasil informou que foram criados 142 mil postos de trabalho por aqui, em linha com o consenso do mercado. Logo na sequência, a pesquisa da ADP mensal nos EUA mostrou a criação de 177 mil empregos privados em agosto no país, abaixo das 195 mil vagas esperadas.
Nesse contexto, o dólar à vista caía 0,07%, a R$4,8506, enquanto o dólar futuro tinha queda de 0,14%, a R$4,852. Em uma cesta de 22 moedas acompanhadas pela Mover, o dólar cedia frente a 14. O Índice DXY recuava 0,23%, aos 103.237 pontos, em razão da força do euro e da libra esterlina na sessão de hoje.