Por: Fabricio Julião
O dólar e as taxas de contratos dos juros futuros subiam nos primeiros negócios do dia. O movimento ocorre com investidores atentos à atividade econômica na China, enquanto digerem a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) e as estimativas do boletim Focus na cena local.
Por volta das 9h45, o dólar à vista tinha alta de 0,40% ante o real, a R$4,9320, enquanto o dólar futuro avançava 0,59%, a R$4,953.
A moeda americana ensaiava valorização perante a maior parte dos pares neste início de semana, em meio à cautela do mercado com a economia chinesa. Em uma cesta de 22 moedas acompanhada pela Mover, o dólar americano apreciava diante de 19. O Índice DXY, que mede a variação do dólar frente a outros pares fortes e com bastante liquidez, subia 0,19%, aos 103.050 pontos.
Os principais índices da Ásia fecharam em queda nesta segunda-feira, com rumores de uma reestruturação da imobiliária Country Gardens. Os receios de uma crise imobiliária no país e uma retomada mais lenta da atividade econômica do país asiático levantam temores de desaceleração da economia mundial, o que leva ao fortalecimento do dólar, devido à busca por segurança dos investidores.
No Brasil, investidores voltam a ficar atentos aos sinais de atividade econômica e de inflação que possam ajudar a balizar a magnitude dos futuros cortes da Selic pelo BC. Hoje, o Banco Central divulgou o IBC-Br de junho, que apontou crescimento de 0,63% da economia em comparação com o mês anterior, em linha com as expectativas de mercado.
Após caírem na última sessão, as taxas de contratos dos juros futuros subiam. Perto de 9h45, os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 tinham alta de 1,0 ponto-base e 5,5 pbs, respectivamente, a 12,45% e 10,40%. Os contratos para jan/27 e jan/31 avançavam 8,0 pbs, a 10,07% e 10,93%, na mesma ordem.
Os investidores também digerem o boletim Focus desta segunda-feira. Para a inflação, as estimativas foram de 3,88% para 3,86% em 2024, permanecendo iguais nos outros anos; para o PIB, passaram de 2,26% a 2,29% em 2023. Mas o destaque ficou por conta da taxa de câmbio, que foi revisada para cima em 2023 e em 2025, passando para R$4,93 e R$5,09, respectivamente.