Por: Fabricio Julião
O dólar e as taxas dos contratos dos juros futuros operavam em queda nos primeiros negócios desta quarta-feira, em ajuste às recentes altas devido à aversão ao risco global. O movimento desta manhã ocorre à espera da ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), que pode sinalizar os próximos passos da política monetária nos Estados Unidos.
Por volta das 9h25, os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 tinham baixa de 0,5 ponto-base e 3,5 pbs, respectivamente, a 12,45% e 10,46%. Já os DIs para jan/27 recuavam 4,0 pbs, a 10,16% e 11,00%, na mesma ordem.
A curva dos juros futuros por aqui reflete certo otimismo na cena política interna, após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), dizer que, na semana que vem, o arcabouço fiscal “estará resolvido”. A fala, feita em uma entrevista coletiva na noite de ontem, indica que a Casa concluirá a votação do marco fiscal antes do fim de agosto. O tom da declaração foi bem recebido, pois é importante para que o orçamento de 2024 avance e o mercado possa estimar mais precisamente o desempenho fiscal do país.
No exterior, as atenções estão voltadas para a divulgação da ata do Fomc nos Estados Unidos, às 15h. O documento deve oferecer mais pistas em relação à decisão de membros do Fed na reunião que elevou os juros em 25 pbs por lá, além de indicar possíveis rumos para o próximo encontro do colegiado, em setembro. Vale ressaltar que investidores seguem de olho no diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, cuja redução afasta o fluxo de capital por aqui e impacta a taxa de câmbio.
O dólar também cai ante o real nas primeiras negociações do dia. Após ensaiar voltar ao patamar de R$5,00 na sessão de ontem, a moeda americana perde fôlego diante da divisa brasileira nesta manhã.
Perto das 9h25, o dólar à vista caía 0,15%, a R$4,9774, enquanto o dólar futuro recuava 0,17%, a R$4,992.
No exterior, o dólar apresentava um desempenho sem direção definida perante seus pares. O Índice DXY recuava 0,01%, aos 103.189 pontos. Em uma cesta de 22 moedas acompanhadas pela Mover, o dólar depreciava frente a 13.