Por Beatriz Lauerti
O custo dos seguros de automóveis subiu novamente em janeiro, voltando ao maior patamar registrado no ano passado, de 6,6%, de acordo com o Índice de Preços de Seguro de Automóvel (IPSA), criado através da ferramenta TEx Analytics da TEx, plataforma de inteligência de dados desse setor.
Esse número equivale ao percentual que o seguro representa do valor total do veículo. O indicador teve alta de 15,8% na comparação com os 12 meses anteriores.
A fixação do preço do seguro de um carro leva em consideração algumas variáveis sobre o condutor e sobre o veículo, como idade, sexo, tipo de seguro, região, valor do automóvel na tabela Fipe ( Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), quantidade de KM rodados, tipo de propulsão, entre outros.
Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, o seguro para condutores com idade acima dos 56 anos ficou 17,8% mais caro. Para homens, o aumento foi de 18,3% e 15,1% para mulheres, no mesmo período.
Além disso, os seguros novos possuem custos mais altos que as renovações devido à inexistência de um histórico do condutor.
A quantidade de habitantes e a região onde o condutor reside também impactam no valor do serviço contratado. Em cidades com até 5 mil habitantes, as pessoas pagam cerca de 25,5% a menos do que nos municípios com população entre 100 e 500 mil habitantes.
A localidade interfere no valor do seguro devido aos níveis de criminalidade. Na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, os cidadãos pagaram 7,3% do valor do carro em seguro no mês de janeiro.
Esse número representa cerca de 62,2% a mais em relação ao observado na Região Metropolitana de Belém, com taxa de 4,5% para o seguro, nível mais baixo entre os locais comparados.
Quanto maior for o tempo de uso do carro e a quilometragem, mais caro é o seguro. Um automóvel com 6 a 10 anos de uso paga 74,5% a mais frente a um zero KM. Além disso, a reparação e manutenção de carros mais antigos possui um custo alto.
Ainda, o preço do seguro para veículos movidos a Diesel foi o que mais cresceu no acumulado dos últimos 12 meses, chegando a 55,3% do valor do automóvel, como consequência do aumento de roubos e furtos dos carros que utilizam esse combustível.
O levantamento considera veículos com até 10 anos de idade, e regiões metropolitanas.