Por: Gabriel Brondi
O Ibovespa oscila próximo da estabilidade enquanto os futuros americanos recuam na manhã desta segunda-feira, em reflexo do sentimento de cautela dos investidores antes de decisões de juros do Federal Reserve, do Banco Central Europeu, do Banco da Inglaterra e do Comitê de Política Monetária ao longo da semana.
Perto das 10h45, o índice de referência da B3 recuava 0,18%, aos 112.118 pontos, com os papéis ordinários do Itaú e Bradesco desidratando o Ibovespa em mais de 100 pontos, com recuos de 1,36% e 0,95%, respectivamente. O setor financeiro é pressionado após os analistas dos Itaú BBA rebaixarem as ações do Bradesco para venda e alertarem para resultados ruins à frente.
No mercado de juros futuros, o contrato com vencimento para janeiro de 2025 tinha taxa de 12,79%, em recuo de 5,5 pontos-base, enquanto o vencimento para janeiro de 2031 tinha taxa de 13,11%, em recuo de 6 pontos-base. O recuo acontece apesar dos economistas consultados pelo Focus elevarem mais uma vez as estimativas para inflação ao final de 2023 de 5,48% para 5,74%, enquanto a projeção da Selic se manteve estável.
No exterior, a aversão ao risco e cautela seguem predominantes, em meio aos resultados trimestrais de grandes empresas americanas e da expectativa pela entrevista coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell, que acontece na quarta-feira. Nesta manhã, O CME Group segue dando como certo um novo aumento na taxa básica de juros americana, porém em uma magnitude menor de 0,25 ponto percentual.
Por aqui, as atenções convergem para uma série de reuniões do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo, em meio a uma negociação intensa para avançar em pautas econômicas no início do governo. O ministro tem encontros com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com a diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e com o presidente do Itaú, Milton Maluhy.
Entre os destaques percentuais do índice, perto das 10h45, a maior alta era das ordinárias da Natura, que avançavam 12,52%, seguidas pelas preferenciais da Alpargatas e ordinárias da Petz, com ganhos respectivos de 4,93% e 2,46%. Na outra ponta, as maiores quedas eram das ordinárias da CVC, seguidas pelas preferenciais da Raízen e ordinárias da 3R Petroleum, que caíam 5,25%, 3,22% e 1,85%, na ordem.